Para o professor de Ética e Filosofia da Unicamp Roberto Romano, o caso de Turquino é exemplar das distinções entre a moral e a ética, e não seria razoável uma postura além da recusa de participar do esquema.
— A moral kantiana exige que você não minta ou omita nunca, que tenha atitudes corretas até o fim, não importando as consequências. A obrigação de denunciar parte dessa moral. A ética é um conjunto de valores que imperam numa sociedade, você não pode deixar de levar em conta a pressão do meio. Conhecendo os procedimentos de Cunha e de outros políticos, e a ética imperante na política brasileira, este senhor fez já bastante em pedir demissão, o que já poderia colocá-lo como alvo, passível de perseguição, dos interesses contrariados — diz Romano.