O Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) realizará no dia 19 de setembro, às 14 horas, a cerimônia de descerramento da placa de nomeação de sua biblioteca em homenagem ao professor Antonio Candido. O órgão passará a ser chamado Biblioteca ‘Antonio Candido’, em uma mais do que merecida e honrosa homenagem ao idealizador e fundador, professor e primeiro diretor do IEL.
Já reconhecido acadêmico, ensaísta e crítico literário, Antonio Candido enviou no dia 30 de novembro de 1976 ao então reitor Zeferino Vaz um ofício com a proposta de criação do IEL: “Tenho a honra de passar às suas mãos a proposta de um Instituto de Estudos da Linguagem, nome que nos pareceu mais adequado a uma concepção renovadora que o de Instituto de Letras, anteriormente previsto, por motivos que Vossa Magnificência verá expostos no documento anexo”.
Antonio Candido de Mello e Souza (1918-2017) foi muito importante para o desenvolvimento acadêmico e de excelência da Unicamp. Além da reconhecida importância para a universidade com a proposta de criação do IEL, o crítico literário em muito contribuiu para o enriquecimento do acervo bibliográfico da instituição. Em 1989, doou, juntamente com seus irmãos, a biblioteca de seu pai Aristides Candido de Mello e Souza. O acervo de 3.528 livros, que possui o referido nome do pai, está na Coleções Especiais e Obras Raras Universidade da Biblioteca Central ‘César Lattes’ (BCCL). Durante a inauguração da BCCL em 1989, Antonio Candido declarou que "a biblioteca deveria ser equivalente ao laboratório como centro da universidade, formando ambos o seu duplo coração”.
O evento se iniciará às 14 horas no Anfiteatro do IEL com uma mesa redonda em homenagem a Antonio Candido composta pelos professores Rodolfo Ilari e Antonio Arnoni Prado. Já às 16 horas haverá o descerramento da placa da biblioteca, com a exibição do capítulo “Brasil Caipira” do documentário O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro. Também será aberta a exposição Antonio Candido e a Unicamp, em que serão expostos os documentos da criação do Instituto e da concessão do título de doutor Honoris Causa, bem como as reportagens, feitas pelo Jornal da Unicamp e livros autografados que pertencem ao acervo da BCCL.