Exposição reúne viagens do artista Flávio de Carvalho

Fotografia de Flávio de Carvalho durante expedição ao Amazonas (Fundo Flávio de Carvalho CEDAE - Unicamp/Divulgação)
Fotografia de Flávio de Carvalho durante expedição ao Amazonas (Fundo Flávio de Carvalho CEDAE - Unicamp/Divulgação)

A exposição “Flávio de Carvalho – Expedicionário” reúne viagens do artista modernista em cinco viagens pelo Brasil e ao exterior, trazendo documentos, textos, fotografias e objetos que recontam as jornadas realizadas entre 1934 e 1956. A mostra está na Caixa Cultural de São Paulo, do dia 9 de janeiro a 4 de março. O local funciona de terça a domingo, das 9 às 16 horas. A entrada é franca e livre para todos os públicos.

Os registros foram selecionados a partir do acervo deixado pelo artista para a Unicamp. A primeira das viagens realizadas por ele foi a expedição à Europa, que rendeu uma série de ensaios reunidos no livro “Os ossos do mundo”. Também podem ser vistas imagens da jornada à Amazônia, na qual pretendia fazer um longa metragem colorido (“A deusa branca”), misturando ficção e documentação. Esta viagem foi noticiada pela imprensa à época por causa das extravagâncias do projeto. Na exposição, um filme será exibido, retratando os diversos obstáculos enfrentados pelo grupo e os equipamentos cinematográficos na floresta.

Sobre Flávio de Carvalho

O multiartista – pintor, desenhista, arquiteto, cenógrafo, decorador, escritor, teatrólogo, engenheiro e performer – teve contato com a arte vanguardista enquanto estudava Engenharia Civil e Artes Plásticas, na Inglaterra. De volta ao Brasil, começou a trabalhar como ilustrador no jornal Diário da Noite, em 1926. Nessa época, teve contato com nomes do Movimento Antropofágico, como Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.

Carvalho apresentou sua obra pela primeira vez em 1931, durante o Salão Revolucionário da Escola de Belas Artes. Depois disso, passou a ser conhecido pelo seu fascínio por retratos e pelo nu feminino. A nova exposição é divida em quatro grandes expedições: Viagem à Europa (1934-1935), que rendeu os relatos do livro Os Ossos do Mundo, com observações do artista sobre cada país em que passou; Rumo ao Paraguai (1943-1944) e Viagens aos Andes (1947), contendo dados e documentos dessa incursão do artista à América Latina. E por fim, Viagem à Amazônia (1956), com projeção de uma edição do filme A Deusa Branca, que une pesquisa etnográfica e drama ficcional de tons surrealistas a partir da história de uma menina branca raptada por índios.

 

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