Qual o papel da Ecologia na solução de problemas ambientais e de conservação? Como as pesquisas ecológicas podem contribuir para dilemas de conservação e uso de recursos naturais? Para debater esses problemas, expor resultados de pesquisas e trocar experiências, a Unicamp sediará de 19 a 22 de agosto a 2ª Reunião da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação (ABECO), em conjunto com o 6º Simpósio de Ecologia Teórica (SET). O tema central do evento que comemora, também, quatro décadas do Curso de Pós de Graduação em Ecologia da Unicamp, pioneiro no país, é “Ecologia em tempos de crise: como ser relevante”. A reunião é destinada a pesquisadores, docentes, pós-graduandos, analistas e técnicos de agências ambientais e de ONGs.
A abertura do evento, que acontecerá às 18 horas do dia 19 de agosto (domingo), no Centro de Convenções da Universidade, contará com a participação do reitor da Unicamp, professor Marcelo Knobel; do presidente da ABECO, professor Valério Pillar (UFRGS) e do presidente do Congresso, professor Thomas Lewinsohn, do Instituto de Biologia da Unicamp. Será seguida por um painel, em que cinco cientistas experientes em diferentes áreas debaterão sobre possíveis respostas para a questão central da Reunião: “Ecologia em tempos de crise -- como ser relevante”. Na terça-feira, outro painel debaterá com o público “Agroprodução e conservação: conflito inevitável?”
Programação
A programação terá seis conferências de pesquisadores internacionalmente destacados: J. Emmett Duffy, da Rede de Observatórios Marinhos; Smithsonian Institution (EUA), que abordará o tema “A biodiversidade é tão importante quanto o clima para o funcionamento dos ecossistemas”; Maria Carmen Lemos, da University of Michigan, “A produção do conhecimento científico aplicável no campo das ciências ambientais”; Robin Chazdon, da University of Connecticut, “Direcionadores da regeneração florestal: desde folhas até paisagens”; Susan Trumbore, diretora do Instituto Max Planck de Biogeoquímica (Alemanha), “Três décadas de pesquisa da relação floresta-interações atmosféricas na Amazônia: da ABLE a ATTO”; Wolfgang Weisser, da Technical University of Munich (Alemanha), “Como pesquisas fundamentais sobre a relação entre o uso da terra e biodiversidade podem contribuir para a conservação” e Jean Paul Metzger da USP, “Serviços ecossistêmicos em paisagens sustentáveis e multifuncionais”.
Eventos satélite, com diferentes formatos, darão oportunidades adicionais aos participantes para trocar experiências, formar parcerias e se integrar em projetos e redes ambientais brasileiras e internacionais. Estes eventos incluem consulta à comunidade do 1O Sumário para Tomadores de Decisão do Diagnóstico Brasileiro sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (produzido pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos/BPBES).
Cientistas e jornalistas ambientais de diferentes mídias e ONGs também participarão do evento para debater maneiras de aumentar a efetividade e a qualidade da divulgação e circulação de informações sobre ciência ecológica. Em outra sessão, os pesquisadores da área ambiental recém-financiados pelo Instituto Serrapilheira apresentarão e discutirão pela primeira vez publicamente seus projetos.
A Rabeco-2018 é uma realização da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação (ABECO) em conjunto com o Programa de Pós-Graduação em Ecologia (IB/Unicamp) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientas (Nepam/Unicamp). Conta com o apoio da Fundação Grupo Boticário de proteção à Natureza, Fapesp, Capes, CNPq, do INCT/EECBio (Ecologia, Evolução e Conservação da Biodiversidade) e do Instituto Serrapilheira. A programação completa da Rabeco-2018 pode ser acessada no site do evento, ou com Martin Pareja, coordenador do PPG-Ecologia-Unicamp, 19-35216334, por e-mail.