No dia 11 de julho, a partir das 18h30, acontece o lançamento do livro “Por que a creche é uma luta das mulheres? Inquietações feministas já demonstram que as crianças pequenas são de responsabilidade de toda a sociedade”, no Espaço Cultural Casa do Lago, na Unicamp. Lançamento é promovido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Diferenciação Sociocultural (Gepedisc), da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp, e será realizado durante o 21º Cole – Leituras Dissonantes.
O livro é resultado das discussões e debates promovidos ao longo da disciplina optativa Direito à Infância e à Educação: Educação Infantil em creches, uma história das mulheres, ministrada por Amelinha Telles e com a supervisão de Ana Lúcia Goulart de Faria, dentro do curso de licenciatura em Pedagogia, realizada por meio do edital da Pró-Reitoria de Graduação da Unicamp.
Durante o curso, foram colocados em pauta atualidades dos feminismos contemporâneos, em particular das questões mais candentes que surgem hoje, com muito vigor e intensidade, entrelaçadas com a perspectiva de classe, étnico-racial e sexualidades /gênero, com destaque aos recém-criados coletivos feministas nas periferias e nos meios escolares. Levando algumas das vertentes feministas, em particular as mais ligadas aos movimentos populares de mulheres.
Ao longo de toda a obra, a creche é colocada em foco como um espaço para as crianças viverem experiências coletivas pautadas em relações horizontais, que visem à promoção da equidade, ao mesmo tempo em que é realçada a luta do movimento feminista pela sua construção, colocando em xeque a divisão sexual do trabalho e a maternidade compulsória, bem como destacamos a importância de se analisar as relações sociais a partir da intersecção entre raça, classe, gênero e idade.
Elementos estes que prescrevem a necessidade de se pensar a creche não como um dado, mas como um espaço de direito, e que deve ser construído coletivamente.