O vírus SARS-CoV-2 não está ficando mais letal ou patogênico. Trata-se de uma opinião muito pessoal, refletindo e estudando muito sobre a pandemia, desde o dia 31/12/2019, quando o vírus SARS-CoV-2 foi apresentado ao mundo. O vírus, nesse processo de evolução natural, está tentando fugir da resposta do sistema imunológico dos seus hospedeiros naturais, os seres humanos. Então, ele vai sofrendo mutações aleatórias, não planejadas, para poder continuar se replicando e produzindo milhões de cópias dele mesmo.
O vírus quer se adaptar ao organismo de seu hospedeiro, nós, os humaninhos. Para o vírus, não é interessante destruir seu hospedeiro natural, matar os seres humanos, pois em fazendo isso, ele não se replica. Para o vírus continuar se replicando, também não é interessante deixar todo mundo muito doente, senão as pessoas serão isoladas e já era a transmissão comunitária. Ah, mas aí vão dizer, o vírus não é um organismo vivo, não tem essa inteligência. Aí eu apelo para o Darwinismo, seleção natural.
Nós já estamos há pouco mais de um ano e meio na pandemia, um pouco menos que isso no Brasil. Quase 200 milhões de pessoas foram infectadas pelo SARS-CoV-2 e suas variantes e cerca de 4,1 milhões de pessoas morreram de Covid-19 no mundo, sendo pouco mais de 542 mil óbitos apenas no Brasil (números muito provavelmente subnotificados).
Algumas variantes de atenção surgiram, mas apesar de serem mais transmissíveis, elas não estão se tornando mais letais, felizmente. Essas novas variantes de atenção, como a Delta, que chegou recentemente ao Brasil, não estão causando doenças mais graves, não são mais letais, mais virulentas ou mais patogênicas, quando comparadas ao vírus original. Aparentemente nenhuma dessas variantes de atenção, Alfa, Beta, Gama, Delta (as mais perigosas) ou as variantes de interesse Epsilon, Zeta, Eta, Theta, Iota e Lambda são mais letais. Elas estão ficando mais transmissíveis, infectando maior número de pessoas, pois é isso que o vírus quer, se espalhar mais e mais.
Em um processo de vacinação lenta, o vírus pode tentar se adaptar novamente, agora para fugir da resposta vacinal levando a um possível escape vacinal, mas à medida que acelerarmos a vacinação, este processo ocorrerá de forma mais lenta, dificultando o surgimento de novas variantes de atenção, como colocado no ponto a seguir, com estudos mostrando que a vacinação em massa diminui a velocidade de evolução do vírus. Bingo, isso é ótimo.
Esse é o futuro, a vacinação em massa, embora possivelmente vamos ter que conviver por alguns anos com um vírus que pode causar uma doença mais leve, talvez algo como uma gripe. É como eu vejo o futuro dessa pandemia.
Briga das variantes por espaço
A variante Delta está brigando por espaço no Brasil com a variante Gama e poderá ficar dominante, sendo que neste cenário de vacinação lenta, poderá ainda levar a um aumento no número de infecções, mas as vacinas continuarão sendo úteis e eficazes e vão evitar hospitalizações e mortes.
O importante será conseguirmos vacinar mais rapidamente para, mesmo chegando a um cenário de aumento de casos em alguns locais, pois as pessoas acham que a pandemia está ficando sob controle e tendem a relaxar nas medidas não farmacológicas, estes serão casos mais leves em virtude da proteção conferida por todas as vacinas em uso no Brasil, sem exceções.
Ao serem vacinadas, com qualquer uma das vacinas em uso, as pessoas ainda podem ser infectadas, caso tenham contato com o vírus, mas a doença será mais leve, mais branda. Eu vejo uma saída logo ali, mas a vacinação em massa rápida, com a manutenção das medidas não farmacológicas até atingirmos cerca de 75-85% da população vacinada é essencial. E nós atingiremos esse percentual de vacinados, porque estamos vencendo o negacionismo e as mentiras dos adeptos do movimento antivacinas.
São as vacinas que diminuem a velocidade de evolução do vírus
Um estudo publicado em 05/07/2021 ainda na forma de preprint no portal medrxiv, mas que pode ser considerado muito bom para a humanidade, foi conduzido pela empresa de biotecnologia britânica nference e mostrou que as vacinas reduzem a velocidade de evolução do SARS-CoV-2. Os cientistas observaram que a diversidade do vírus está diminuindo à medida que aumenta a taxa de vacinação em massa.
Os cientistas mapearam os genomas do SARS-CoV-2 disponíveis no banco de dados GISAID, que contém informações genéticas do vírus e mostraram que variantes de atenção, como a Delta, possuem mutações relevantes na proteína Spike (S). A boa notícia é que as vacinas estão reduzindo a diversidade genética no gene do vírus responsável pela síntese dessa proteína.
Ao comparar os genomas do vírus de 23 pacientes infectados após vacinados com as de 30 pacientes não vacinados que foram infectados, os cientistas observaram que apesar de não impedir a infecção, as vacinas diminuem a velocidade de evolução do vírus, o que implica em diminuir as possibilidades de fuga evolutiva. Isso é ótimo. O vírus se aproveita para se disseminar mais rapidamente em locais com vacinação lenta, mas o avanço da vacinação diminui o aparecimento de novas variantes do vírus.
ESTUDOS DE INTERCAMBIALIDADE
Novas Cepas
Inicialmente, vamos deixar claro que não existe efeito benéfico comprovado cientificamente da revacinação contra a Covid-19 neste momento. Pessoas fazendo isto não terão nenhum benefício e se trata de um ato de egoísmo, falta de empatia e de responsabilidade social, pois estão tirando vacinas de quem ainda não tomou a primeira dose ou não completou o esquema vacinal e prejudicando a ação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A Anvisa aprovou no dia 14/07/2021, um novo estudo da vacina da AstraZeneca em humanos. O ensaio clínico envolverá avaliação específica da proteção contra a variante de atenção Beta (a variante B.1.351, que surgiu na África do Sul), além de um estudo de intercambialidade, ou combinação de diferentes plataformas vacinais, com a vacina de RNA mensageiro da Pfizer. A mudança na plataforma da vacina envolve a substituição do material genético da proteína Spike (S) ou espícula do SARS-CoV-2, agora extraído da nova variante de atenção Beta, inserindo este novo material no adenovírus de chimpanzé.
Esse ensaio clínico de fase 2/3, envolverá a participação de 2.475 voluntários com mais de 18 anos no Brasil, no Reino Unido, na África do Sul e na Polônia e prevê três grupos com as vacinas já registradas na Anvisa:
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O primeiro grupo toma uma dose única da vacina da AstraZeneca adaptada para a variante Beta, com a participação de voluntários que já tomaram duas doses da vacina da AstraZeneca ou as duas doses da vacina da Pfizer;
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O segundo grupo envolve voluntários ainda não vacinados, que tomam duas doses da vacina da AstraZeneca adaptada para a variante Beta;
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O terceiro grupo envolverá voluntários que já tenham tomado a primeira dose da vacina atual da AstraZeneca e vão tomar uma segunda dose da vacina da AstraZeneca adaptada para a variante Beta.
Combinação de vacinas Oxford/Astrazeneca e Pfizer/Biontech
O estudo espanhol CombivacS, liderado pelo Instituto de Saúde Carlos III de Madrid, mostrou que a vacinação heteróloga de pessoas com uma primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca e uma segunda dose da vacina da Pfizer/BioNTech produz uma potente resposta imunológica contra o vírus SARS-CoV-2. Os resultados preliminares deste estudo de reforço heterólogo, que mostram os benefícios da combinação de diferentes vacinas contra a Covid-19, envolveram a participação de 663 voluntários e foram anunciados inicialmente dia 18 de maio pelo Instituto de Salud Carlos III e pela revista Nature, mas publicados no dia 10/07/2021 na revista The Lancet.
Baseado nesses resultados, a vacina da Pfizer aumentou as respostas de anticorpos em pessoas vacinadas com uma dose da vacina da AstraZeneca. Seria muito bom mesmo se regimes de vacinação usando diferentes plataformas vacinais pudessem desencadear respostas imunológicas mais fortes e robustas do que a aplicação de duas doses de uma única vacina.
A vacina de Oxford/AstraZeneca usa como plataforma vacinal um adenovírus de chimpanzé, incapaz de se replicar no organismo humano, mas com capacidade para fornecer as instruções para as nossas células produzirem partes da proteína espícula (S) do SARS-CoV-2. Todos os voluntários envolvidos neste estudo clínico randomizado, duplo cego, receberam como primeira dose, a vacina de Oxford/AstraZeneca e cerca de dois terços dos voluntários receberam como segunda dose a vacina baseada em mRNA da Pfizer/BioNTech, cerca de oito semanas após a primeira dose. Um grupo de controle de 232 pessoas não recebeu reforço.
Após essa segunda dose com a vacina da Pfizer/BioNTech, os voluntários produziram níveis mais altos de anticorpos, que inativaram o vírus SARS-CoV-2 em testes in vitro de laboratório. Os voluntários do grupo controle que não receberam a vacina da Pfizer/BioNTech como reforço não tiveram alteração nos níveis de anticorpos.
Quando comparando a dados obtidos anteriormente, os pesquisadores envolvidos no estudo ressaltam que a resposta de anticorpos ao uso da vacina da Pfizer como segunda dose parece ser ainda mais forte do que a resposta que a maioria das pessoas gera depois de receber duas doses da vacina Oxford/AstraZeneca. Neste momento, ainda não está claro como as respostas de anticorpos neste estudo se comparam às observadas em pessoas que recebem duas doses da vacina de mRNA da Pfizer/BioNTech, que como sabemos, desencadeia uma resposta de anticorpos potente após uma segunda dose.
Podemos especular que caso uma terceira dose seja necessária como reforço vacinal, no caso de regimes envolvendo doses repetidas de vacinas baseadas em adenovírus, como a da Oxford/AstraZeneca, o sistema imunológico pode vir a produzir uma resposta de proteção contra o próprio adenovírus, o que pode levar a uma resposta menos robusta.
Uma terceira dose de uma vacina de mRNA como as da Moderna e da Pfizer/BioNTech, pode vir a desencadear uma resposta de proteção robusta, mas também efeitos colaterais mais fortes. Sem dúvida, será muito excitante aguardar os próximos capítulos dos estudos de combinação e intercambialidade de vacinas, inclusive como uma possível terceira dose como reforço. No estudo CombivacS, apenas efeitos colaterais leves semelhantes aos observados em regimes usando as vacinas de Oxford/AstraZeneca e Pfizer/BioNTech, foram observados.
Sobre uma possível terceira dose
A AstraZeneca e a Sinovac estão atualizando suas vacinas para combater as novas variantes de atenção. A AstraZeneca está adaptando sua vacina para a variante Beta, que surgiu na África do Sul e a Sinovac está atualizando a CoronaVac para a variante Gama, que surgiu no Brasil. Caso no futuro tenhamos a necessidade de uma terceira dose ou dose de reforço, essas muito provavelmente devem acontecer com as plataformas vacinais já adaptadas para as novas variantes de atenção.
Todas as novas vacinas devem passar por fases de testes 1 e 2 para avaliar a segurança e a imunogenicidade, mas a fase 3 muito provavelmente envolverá estudos de não inferioridade comparando com as atuais vacinas em uso. A adaptação das plataformas vacinais a novas variantes deve ser mais rápida, pois tanto a segurança do método, como a produção de anticorpos já terão sido validadas. A Pfizer vem conduzindo estudos de uma possível terceira dose, mas usando a mesma fórmula original, ainda não adaptada às novas variantes. A Pfizer e a AstraZeneca já estão realizando testes no Brasil, enquanto o Butantan deve realizar o ensaio clínico no Brasil durante o segundo semestre de 2021, assim que receber os lotes atualizados da Sinovac, previsto para o mês de agosto.
Anvisa libera testes com a ButanVac
A Anvisa autorizou no dia 07/07/2021 o início dos ensaios de fases 1 e 2 da candidata vacinal ButanVac em voluntários, após o Butantan apresentar dados sobre a inativação do vírus. A ButanVac usa tecnologia baseada no vírus que causa a Doença de Newcastle, usando um vírus geneticamente modificado. Esse vírus ataca apenas aves e é usado como um vetor viral da proteína Spike do coronavírus, para induzir resposta de proteção.
A ButanVac será produzida usando ovos de galinha, mesma tecnologia usada na preparação das vacinas contra a gripe. Como o Butantan domina essa tecnologia, o País terá autonomia e todo o processo será feito no Brasil, pois não precisaremos importar a matéria-prima. O estudo terá a participação de seis mil voluntários acima de 18 anos que não foram vacinados contra o novo coronavírus e será dividido em três etapas: A, B e C.
A Anvisa autorizou o início da fase A, com 418 participantes recrutados pelo Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto, quando o Butantan deve definir a dosagem, a quantidade de mililitros de cada uma das duas doses previstas, com intervalo de 28 dias entre elas, além de avaliar a segurança. Os estudos iniciais foram realizados por cientistas da Icahn School of Medicine at Mount Sinai, em Nova York. O Butantan, informou que já são 10 milhões de doses estocadas da ButanVac.
Os antivirais que nunca foram
De acordo com um estudo conduzido por pesquisadores da University of California, San Francisco, publicado no dia 22/06/2021 na respeitada revista Science, alguns dos medicamentos do chamado kit precoce, não são ativos contra o vírus que causa Covid-19. Os cientistas testaram 23 medicamentos, incluindo cloroquina, amiodarona e sertralina, e descobriram que o que parecia atividade antiviral nas células era na verdade o resultado de um mecanismo chamado fosfolipidose, que desorganiza as células interrompendo processos celulares fundamentais. A conclusão do trabalho é que estes medicamentos não têm futuro como no combate à Covid-19.
Normalmente, os compostos antivirais usam diferentes estratégias para impedir que os vírus se repliquem em uma célula e uma das possibilidades é impedir a produção de enzimas essenciais. A fosfolipidose consiste no acúmulo de moléculas de lipídios (gordura) fora da membrana celular. Esse processo ocorre quando organelas chamadas lisossomas não conseguem mais quebrar ou distribuir proteínas para o resto do corpo.
A fosfolipidose prejudica as células infectadas pelo vírus, mas não é uma alternativa terapêutica, pois pode causar sérios danos, incluindo lesões pulmonares e hepáticas. No caso das moléculas estudadas, as atividades antivirais observadas estão correlacionadas com a fosfolipidose, efeito responsável pelos danos às células infectadas. As moléculas com melhor atividade antiviral foram os medicamentos catiônicos e gordurosos, que estão inativando o vírus de uma forma que não é útil para os seres humanos.
Mais evidências contra o uso da invermectina no tratamento da Covid-19
Uma meta-análise publicada na revista Clinical Infectious Diseases no dia 28/06/2021, uma das mais importantes na área de infectologia, mostra total ineficácia da ivermectina para combater a Covid-19. Essa revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados padrão ouro, foi publicada em uma revista de alto impacto, reunindo publicações com o mais alto nível de evidências científicas até o momento. Os autores fizeram levantamento de ensaios clínicos randomizados (RCTs) avaliando os efeitos da ivermectina em pacientes adultos infectados com Covid-19, publicados ou aceitos como preprints até o dia 22/03/2021. Os desfechos primários foram: Mortalidade, tempo de internação e eventos adversos. Os desfechos secundários incluíram eliminação viral e efeitos adversos graves.
A ferramenta Cochrane RoB 2 foi utilizada para analisar o risco de resultados enviesados. Dez ensaios clínicos randomizados (com n = 1173) foram incluídos, comparando com 5 ensaios com grupo controle com tratamento padrão de tratamento e 5 ensaios com grupo placebo. A gravidade da Covid-19 foi leve em 8 ensaios clínicos randomizados, moderada em um ensaio e leve a moderada em um dos ensaios. A revisão mostrou que, infelizmente, a ivermectina não foi capaz de reduzir a mortalidade, não reduziu tempo de internação nem depuração viral quando comparada com o grupo controle em pacientes com doença leve.
A conclusão dos estudos é que a ivermectina não é uma opção viável para tratar pacientes com Covid-19, pois não traz nenhum benefício e não muda a história natural da doença. A Universidade de Oxford vai testar a ivermectina em um estudo de grande escala como o Principle, que, em janeiro descartou o uso da azitromicina e da doxiciclina em estágios iniciais da Covid-19. A Universidade espera gerar evidências robustas para determinar se há benefícios ou prejuízos associados ao uso da ivermectina no combate à Covid-19.
Comunicação com a sociedade e combate ao negacionismo
Nós cientistas precisamos continuar transmitindo informações corretas e de forma transparente para a sociedade. Infelizmente, nós temos alguns pseudocientistas no Brasil, alguns pseudojornalistas e muitos médicos que não entendem de ciência e do método científico espalhando desinformação e Fake News. O gabinete das sobras (o shadow cabinet) e do ódio, existe de fato. Para uma matéria recente sobre a máquina de desinformação e mentiras, com divulgação de dados científicos falsos sobre Covid-19, compartilhados por parlamentares, veja publicação de O Globo e da Folha de S. Paulo.
A sociedade brasileira precisa entender que opiniões de cientistas qualificados não podem ter o mesmo peso que as opiniões de políticos ou de pseudojornalistas que não tem nenhuma formação científica ou desses médicos que não acompanham a evolução da ciência. A população precisa entender que a ciência salva vidas e salva do negacionismo e do obscurantismo.
Nós estamos percebendo que em momentos de pandemia, a confiança da população na ciência aumenta e a Covid-19 está mostrando que não há um mundo seguro sem ciência. Nós venceremos a batalha contra o vírus e contra quem espalha Fake News e desinformação e venceremos com ciência. Só a ciência salva.
Artigo retratado pela revista Vaccines
Uma publicação na revista Vaccines (revista de acesso aberto da editora suíça MDPI) no dia 24/06/2021 gerou a renúncia de vários virologistas e vacinologistas ao cargo de editores da revista. O movimento foi um protesto contra a publicação de um artigo que usou dados de forma indevida para concluir que para cada três mortes prevenidas pela vacinação contra a Covid-19, duas mortes eram causadas pela vacinação. Sim, revoltante e irresponsável. O artigo foi retratado pela revista após notificar os autores, que não concordaram. Os autores sugeriram, sem provar relação causal, que todas as mortes ocorridas após a vacinação foram causadas pela vacinação, sugerindo que as vacinas usadas contra a Covid-19 não são seguras. Os dados foram deturpados e assim que publicado, o artigo foi disseminado por ativistas do movimento antivacinação, um grupo irresponsável e criminoso que defende o vírus.
Observação: Esse texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião da Unicamp.