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GT recebe sugestões de unidades e adoção de cotas étnico-raciais entra na reta final

Unicamp vota novas formas de ingresso em 21 de novembro; texto final com propostas deve ser concluído no próximo dia 9

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A adoção de cotas étnico-raciais pela Unicamp e demais ações para ampliar o acesso aos cursos de graduação, a partir de 2019, entrou na reta final. O panorama das discussões da proposta do Grupo de Trabalho (GT) Ingresso, em cada uma das unidades, foi apresentado à Câmara Deliberativa do Vestibular, no último dia 19 de outubro. De acordo com o presidente do GT Ingresso, José Alves de Freitas Neto, 14 unidades já formalizaram sugestões de alterações e 17 unidades já foram visitadas pelos integrantes do GT para esclarecer dúvidas.

Tendo como principal medida a adoção de cotas étnico-raciais de 25% a partir do Vestibular Unicamp 2019, a proposta do GT foi anunciada no final de agosto e contempla várias ações para o aumento da equidade no ingresso, como vestibular indígena, bonificação para estudantes de escolas públicas e vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Cada curso tem discutido internamente a proposta, com o objetivo de propor ajustes, de acordo com as especificidades da unidade.

Foto: Scarpa
O presidente do GT Ingresso, José Alves de Freitas Neto: “O GT estuda todas as sugestões de alteração propostas pelas congregações dos cursos e vai incorporá-las ou não ao texto final, conforme as demandas sigam em uma direção comum”

Pelo cronograma aprovado pelo Conselho Universitário (Consu) em maio deste ano, a Unicamp conhecerá suas novas formas de ingresso na graduação para 2019 no dia 21 de novembro, quando ocorre a votação no Consu. Antes disso, o calendário prevê que a proposta seja aprovada na Comissão Central de Graduação (CCG), em uma sessão extraordinária em 14 de novembro. Para isso, a Câmara Deliberativa do Vestibular deverá, no dia 9 de novembro, concluir o texto final a seguir para as próximas instâncias.

José Alves esclareceu que, diferentemente do texto da proposta inicial apresentado às unidades, o conteúdo que seguirá para a CCG deve estar mais conciso, em formato de resolução. “Nesse sentido, a reunião da Câmara que antecede a CCG será essencial, pois os membros estão familiarizados há bastante tempo com o contexto e as questões que envolvem o ingresso e podem, portanto, compilar as principais demandas, refinando o texto que será enviado para a CCG”, explicou o presidente do GT.

Foto: Scarpa
A pró-reitora de Graduação da Unicamp, Eliana Amaral: “Estamos tendo reiteradas oportunidades de pensar todas as questões relacionadas à proposta de ampliação do acesso à Unicamp”

Em relação ao aceite das sugestões de alteração da proposta inicial, José Alves informou que o GT e, posteriormente a Câmara Deliberativa, vão identificar os apontamentos comuns das unidades, para então sinalizar à CCG tais ajustes. “O GT estuda todas as sugestões de alteração propostas pelas congregações dos cursos e vai incorporá-las ou não ao texto final, conforme as demandas sigam em uma direção comum. Caberá à CCG e ao Consu acatar ou não”, afirmou.

A pró-reitora de Graduação da Unicamp, Eliana Amaral, destacou a importância do amplo debate em torno da ampliação das formas de ingresso na Unicamp. “Certas especificidades só são detectadas a partir do retorno das unidades, inclusive aquelas que o GT eventualmente não tenha contemplado. Assim, estamos tendo reiteradas oportunidades de pensar todas as questões relacionadas à proposta de ampliação do acesso à Unicamp”, disse Eliana Amaral.

 

Imagem de capa JU-online
José Alves de Freitas Neto, presidente do GT ingresso

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