Texto seguirá agora para votação na CCG e no Consu, respectivamente, nos próximos dias 14 e 21
A Câmara Deliberativa do Vestibular aprovou hoje (9), por unanimidade, o texto da deliberação sobre a adoção de cotas étnico-raciais e demais formas de ingresso na Unicamp que seguirá para apreciação na Comissão Central de Graduação (CCG), no próximo dia 14 de novembro. Após a aprovação na CCG, a deliberação será votada no Conselho Universitário (Consu), no dia 21 de novembro.
Desde agosto, quando o Grupo de Trabalho (GT) Ingresso, instituído em junho, apresentou a proposta de adoção de cotas e outras ações para o aumento da equidade no acesso aos cursos de graduação da Unicamp, a comunidade interna discute no âmbito das unidades de ensino a maneira como o novo sistema de ingresso será implantado na universidade, a partir do vestibular do próximo ano. A proposta do GT Ingresso prevê a adoção de cotas étnico-raciais de 25%, vestibular indígena, bonificação para estudantes de escolas públicas, vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ainda contempla estudar bônus para candidatos com deficiência.
Nesta quinta-feira (9), juntamente com o texto da deliberação, a Câmara aprovou outros documentos que irão subsidiar as discussões tanto na CCG, como no Conselho Universitário (Consu). Além do documento original da proposta elaborada pelo GT, que circulou durante dois meses pelas unidades, fazem parte do relatório aprovado pela Câmara Deliberativa um quadro com a compilação de todas as manifestações dos cursos – com sugestão de ajustes ao modelo original, e um anexo que detalha como ocorrerá o preenchimento das vagas.
“Além de aprovar o relatório, a Câmara está recomendando às próximas instâncias considerar as manifestações específicas das unidades. Desta maneira, entendemos que o documento que segue para a CCG e depois para o Consu está bastante completo, podendo subsidiar plenamente as discussões”, afirmou José Alves de Freitas Neto, coordenador executivo da Comissão de Vestibulares e presidente do GT Ingresso.
No decorrer dos últimos dois meses, todas as 24 unidades se manifestaram em relação à proposta apresentada. Alves destacou a importância da elaboração do quadro com as sugestões que vieram das congregações. “A partir da apresentação desta compilação, as unidades puderam tomar contato com pontos de vistas e sugestões que eventualmente não haviam sido contempladas por elas, mas que podem merecer ser avaliadas. Isso possibilitou uma visão mais ampla da proposta do GT”, disse Alves.
Para o presidente do GT Ingresso, a Unicamp inova ao propor esse modelo flexível de inclusão social. “A proposta da Unicamp é mais ousada do que as que existem em outras instituições de ensino superior porque flexibiliza o acesso por meio de vários caminhos. O sistema proposto contempla que há diferentes realidades em cada curso de graduação e propõe ações diversificadas e que foram amplamente estudadas e debatidas”, explicou Alves.