Imagem fundo branco com escrita a esquerda "Vozes e silenciamentos em Mariana. Crime ou desastre ambiental?", no lado direito mapa com a extensão do desastre.

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Memórias poéticas de lágrima, lama e luta

Dos ‘avisos abafados’ de Carlos Drummond de Andrade aos poetas que se manifestaram depois da tragédia

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Por via da memória, uma sociedade constitui sua história, alinhavando as tramas do passado para entender o presente e construir um futuro comum. Sem as memórias individual e coletiva, perdem-se tanto nossa identidade quanto as tão fundamentais referências. Na construção de identidades, deve-se refletir sobre os papéis da memória e do esquecimento, lembrando que parte do nosso passado fica registrado nos chamados objetos de cultura. Através de tais objetos – pedaços de sapatos, pentes e fotografias, nesse caso, levados pela lama da Samarco – as histórias tecidas alinhavam os caminhos traçados por um indivíduo ou uma comunidade, que determinam suas personalidades. Caso contrário, poderiam ficar perdidos e descaracterizados nossos modos de ser, de viver, de existir e de se enxergar.

Desde a Grécia mitológica, a deusa Memória, irmã de Cronos, mãe das Musas, inspiradoras dos poetas, organiza a função poética. Nas tradições orais, as rimas bem marcadas serviam de processo mnemônico para que trovadores – como nossos repentistas nordestinos -, não se esquecessem da estória ou causo que estavam por contar. Com o advento da escrita e da publicação, nossos poetas da narrativa memorialista, seguros da importância da conservação da memória, compuseram obras com lembranças transpostas, algumas vezes, para uma folha de papel ou mais recentemente em suas páginas pessoais, grupos de poemas ou vídeos nas redes sociais.

Este trabalho busca resgatar, na poética brasileira, os avisos abafados do poeta Carlos Drummond de Andrade antes da tragédia de Mariana, e as reações poéticas após a tragédia tanto em São Paulo e Rio de Janeiro, como em Mariana e cidades vizinhas. Pior que abafar vozes antes e depois da tragédia, separadas em lugares reais e virtuais em que não se incentivam a memória, o silenciamento pode incutir outras vozes, favoráveis aos detentores do poder, no vazio lugar destinado às nossas referências perdidas na lama da Samarco ou nas outras violências da vida.

A poesia memorialista de Drummond

Em 1781, o Rio Doce estava listado entre as paisagens brasileiras no poema épico “Caramuru”. Entre 1949 e 1954, Rubem Braga falou do rio em suas crônicas “Barra do Rio Doce”, e “O lavrador”. Naquele, suas águas já eram descritas com a palavra lama. O cartunista e escritor Ziraldo, em 1996, lançou o livro infantil “O menino do Rio Doce” no qual Ziraldo-menino, numa memória boa, se autoreferencia como aquele menino apaixonado pelo rio crescido à beira do seu leito, no qual não se sabe onde um começa e o outro termina. O mineiro Roberto Drummond cita o rio poluído no romance “O cheiro de Deus” em 2001. No entanto, o poeta que mais profundamente se imbuiu da tarefa de narrar a conflitante relação entre o rio e as empresas mineradoras foi Carlos Drummond de Andrade.

Quando o poeta conversou comigo, em sua residência, no dia 18.08.1984, sobre o significado mais profundo da infância em Itabira, senti que ele estava longe. Envolvido pelas recordações. Pela percepção sensível daquela fase da vida. O homem adulto e amadurecido avaliava, com distanciamento crítico, aqueles instantes fugidios, intensos, geradores do memorialismo poético tão expressivo em Boitempo (CRUZ, 2006).

Por meio de sua narrativa memorial, Carlos Drummond de Andrade resgata a si mesmo e a história de Minas Gerais desde o ciclo do ouro até a exploração do minério de ferro. Na crônica Vila da Utopia (1944), em seu primeiro livro em prosa, o autor se intitula “filho da mineração”.

Nele, lamenta a desvantagem de sua cidade natal em relação a outras cidades mineiras do ciclo do ouro. Relembrando minhas aulas de história, Itabira superou a tal desvantagem de ter menos reservas de ouro quando passou a ser o ponto inicial do “quadrilátero ferrífero”. Também não por coincidência a figura das mineradoras, com menção direta a Vale ser tão recorrente em sua obra, a Companhia do Rio Doce, assim como nosso poeta Drummond, surgiu em Itabira em 1942.

Parecia-me que um destino mineral, de uma geometria dura e inelutável, te prendia, Itabira, ao dorso fatigado da montanha, enquanto outras alegres cidades, banhando-se em rios claros ou no próprio mar infinito, diziam que a vida não é uma pena, mas um prazer. A vida não é um prazer, mas uma pena. Foi esta segunda lição, tão exata como a primeira, que eu aprendi contigo, Itabira, e em vão meus olhos perseguem a paisagem fluvial, a paisagem marítima: eu também sou filho da mineração, e tenho os olhos vacilantes quando saio da escura galeria para o dia claro (Vila da Utopia, Confissões de Minas).

Em Montanha Pulverizada (1933), publicado no livro Boitempo II: Menino Antigo (1973), nosso caro poeta narrou o desaparecimento do Pico do Cauê, montanha feita de hematita pura, outrora cartão postal e marco de sua cidade natal, reduzida a pó pelas mineradoras (GLEBSON, 2011). A metáfora da corrosão, com consequente possibilidade de apagamento da paisagem, é empregada na poesia drummondiana na relação entre sua terra natal e as consequências devastadoras da exploração dos recursos minerais. Metaforicamente, o amor à terra do poeta e de seus conterrâneos, alicerçados na memória de várias gerações, encontrava-se em risco pela ausência daquela referência coletiva (MALARD, 2005 apud MOREIRA, 2015). Tal item na paisagem, identificador principal de um lugar físico e da memória, um cartão-postal, desapareceu completamente da geografia local.

Montanha Pulverizada
Carlos Drummond de Andrade

ReproduçãoChego à sacada e vejo a minha serra,
a serra de meu pai e meu avô,
de todos os Andrades que passaram
e passarão, a serra que não passa.
(...)

Esta manhã acordo e não a encontro,
britada em bilhões de lascas,
deslizando em correia transportadora
entupindo 150 vagões,
no trem-monstro de cinco locomotivas
— trem maior do mundo, tomem nota —
foge minha serra, vai
deixando no meu corpo a paisagem
mísero pó de ferro, e este não passa.


Muitas cidades, longe da capital, cresceram ao redor e a partir da estação de trem. O veículo transporta carga e também os mais pobres, os mais alejados nos sentidos do espanhol e do português. O trem, como transporte público, foi pensado pelos operários que carros fizeram e neles não puderam entrar, como diz nossa grande história, no capítulo da Revolução Industrial. Nesta tal revolução de modos de produção, de costumes e, principalmente de mobilidade, também foi muito querido da mineração. Como primeiro combustível para o uso além do residencial, tem-se o carvão mineral, primeiro elemento-chave na aceleração do ritmo do trabalho, da vida, da sociedade e dos problemas ambientais. No meio do caminho para o uso de outros minérios em larga escala, tem-se o trem-monstro, tal qual este rememorado por Drummond.

Em O Maior Trem do Mundo (1984), Drummond retoma a metáfora de apagamento tendo o trem como agente transportador. Novamente, essa construção da engenharia transporta mais que a riqueza mineral extraída de sua terra, o trem-monstro de cinco locomotivas leva a própria terra e, com ela, sua identidade, também construída através de sua memória paisagística. Neste, Drummond vai mais além abordando também o previsível abandono da cidade no momento no qual ocorrer o esgotamento dos recursos minerais e dos sentidos das pessoas. Com linguagem simples e direta, o poeta compara seu coração itabirano à “coisa mínima do mundo”, o que menos teria valor dentro do contexto da exploração.

O Maior Trem do Mundo
Carlos Drummond de Andrade

O maior trem do mundo
Leva minha terra
Para a Alemanha
Leva minha terra
Para o Canadá
Leva minha terra
Para o Japão
O maior trem do mundo
Puxado por cinco locomotivas a óleo diesel
Engatadas geminadas desembestadas
Leva meu tempo, minha infância, minha vida
Triturada em 163 vagões de minério e destruição
O maior trem do mundo
Transporta a coisa mínima do mundo
Meu coração itabirano
Lá vai o trem maior do mundo
Vai serpenteando, vai sumindo
E um dia, eu sei não voltará
Pois nem terra nem coração existem mais


Além desses trabalhos citados, logo após a tragédia acontecer, o poema Lira Itabirana (1984) foi rememorado e viralizado nas redes sociais. Alguns duvidaram de sua autoria por não ter sido publicado em livro, outros apontavam seu caráter profético. Ao analisar os escritos do poeta desde 1933, a recuperação virtual de Lira Itabirana gerou um tom profético pelas vozes de internautas que vivem longe geográfica e ideologicamente da região afetada. No entanto, não passava de tragédia anunciada, nem primeira delas, previsível e silenciada muito antes de acontecida. Com uma linguagem popular, simples e direta, essa lira traz a situação econômica do Brasil da época, os inúmeros danos causados pela exploração dos minérios pela Vale e o sofrimento das pessoas que, sem voz, choram.

Lira Itabirana
Carlos Drummond de Andrade, 1984

Reprodução

Algumas das muitas reações poéticas pelo Brasil

Nas redes sociais, nos sites dos jornais, nos jornais impressos nacionais e internacionais, nos telejornais a tragédia em Mariana atingiu muitos lares e despertou consciências. Como todo poema é feito pelo fato de o ser humano possuir consciência, os poetas Jorge Cardozo (RJ) e Lucas Afonso (SP) foram impulsionados por mais essa violência surgindo, assim, poemas-protesto contra a cultura que envolve essa tragédia.

Cardozo postou Lágrimas de Mariana em seu perfil do Facebook e Lucas Afonso, além de publicar em sua página oficial nesse canal, disponibilizou uma versão em vídeo no Youtube de Carta para Mariana. Nos dois poemas selecionados, os poetas expressam memórias histórica e individual permeadas por indignação.

Lágrimas de Mariana
Jorge Cardozo

Chora, chora Mariana
Chora ferro, chora lama
Seus fantasmas nas igrejas
Choram do átrio ao altar
Chora, chora Mariana
Quanto vale sua lágrima
Espalhada pelo vale
Que virou um não lugar?

Chora, chora Mariana
Chora ouro, chora lama
Quem chora pelo seu drama
E o futuro que virá?
O seu rio que era doce
Muito amargo se tornou
As riquezas, quem as trouxe
Com outra mão as levou
Chora, chora Mariana
Chora fel e chora lama
Nas entranhas das montanhas
Riem-se deuses cruéis
Portanto seus sacerdotes
Sob a luz dos holofotes
Dão desculpas sem sentido
São os Senhores dos Anéis

Chora, chora Mariana
Chora a terra, chora a água
Chora a lama derramada
Chora já o seu futuro
Enquanto jegues profundos
Pastam nas telas de led
(Sem lágrimas e sem peso)
O seu capim vagabundo.

Chora, chora muito, mundo.

 

Carta para Mariana

Lucas Afonso
“Quem te conhece não esquece jamais, o Minas Gerais”

Mariana,

Todas memórias que tenho de Minas são doces
Quem dera se esse rio
Que passa aí ainda fosse sadio
Mas, quem te vê, quem te viu
Hoje doce
é só lembrança
daquele leito macio.
Vai ficar oco o cantil
sem peixe, barco vazio
quanto custa um copo d’água?
me diz quanto vale um rio?
ganância no cio
tempos de pacificação com fuzil
quem financia as campanhas
dita as regras no brasil
É impressionante.
Tem algo errado,
eu tenho certeza!
Quase me convenceram
que a culpa é da natureza.
Sa marco Sa marco ‘cê marco bobeira
quanto vale
o trabalho de uma vida inteira?

Haja vala,
vela, viola pra
velório na vila.
ficou um tapete de lama
onde o descaso desfila
um passo a frente e dez a atrás
Minas não há mais
E agora José?
Mariana, e agora,
como é que faz?
Será que vale esperar pela indenização?
Se a Vale ostenta a maior dívida perante
a união
Será que foi acidente,
ou só fingiram espanto?
Presente de natal
é o capital ferindo o espírito santo.
Mariana,
e toda população ribeirinha
só vocês sabem o que é essa dor
mas sua dor também é minha.
eu queria ter algo
mais agradável pra dizer
mas acabo a minha carta
às margens do Tietê.


O poeta fluminense Jorge Cardozo reforça com a repetição do choro dos atingidos, em um tom menos intimista que os poemas de Drummond, partindo de Minas do ciclo do ouro até a futura consequência imprevista do desastre ambiental. Nesse resgate do passado histórico, o poeta reforça que quem continua ganhando com a extração do minério não seria sua população. O choro repetido escorre tão antigo quanto a própria lama, retomando o mote do chorar calado dos últimos versos de Lira Itabirana (Quantas lágrimas disfarçamos/Sem berro?). Já o poeta paulistano faz conexão com outro rio de sua também conturbada realidade ambiental local, o Tietê. Suas vozes pedem providências pelo ocorrido e indagam sobre o futuro tanto das comunidades atingidas diretamente quanto do mundo em que estamos.


As vozes que lutam em Mariana: o coletivo Um Minuto de Sirene

O berro das pessoas não foi ouvido na lira de Drummond, assim como a sirene não foi tocada no dia 5 de novembro de 2015. A partir deste mote, surgiu o coletivo de apoio Um Minuto de Sirene. Seus participantes lutam pela garantia do debate e da circulação de informações, dos direitos legais dos atingidos e da preservação de sua memória e da memória do desastre em si. O coletivo prima “pelo apoio à luta dos atingidos, pela garantia dos seus direitos, pela preservação da memória das comunidades atingidas, pelo direito à comunicação, pela continuidade nas investigações e pelo respeito a todas as famílias atingidas.” Para tal, o coletivo desenvolve diversas ações em parcerias como, por exemplo, a intervenção Chuva de Poesia e a publicação do jornal A Sirene – Para não esquecer.

Reprodução
Chuva de Poesia | Fonte: A Sirene

No dia 26 de março de 2016, foi realizada uma edição do ‘Chuva de Poesia’ em Mariana. As intervenções, que ocorrem em Ouro Preto e outras cidades, são organizadas pelo poeta Guilherme Mansur desde 1993. Para os 121 dias de tragédia, Mansur e seus parceiros, a “Trupe Tupã” na torre e o coletivo Um Minuto de Sirene, lançaram 3 mil folhetos coloridos com versos a partir das torres da igreja do Carmo. Nesta edição, foram escolhidas partes do Sermão do Mandato, chamado Os remédios do amor, do padre Antônio Vieira. O texto, editado por Mansur, foi dividido em quatro subtítulos:

1. O Tempo: “Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba”.

2. A Ausência: “Muitas enfermidades se curam só com a mudança do ar; o amor com a da terra. E o amor como a lua que, em havendo terra em meio, dai-o por eclipsado”.

3. A Ingratidão: “Assim como os remédios mais eficazes são ordinariamente os mais violentos, assim a ingratidão é o remédio mais sensitivo do amor, e juntamente o mais

efetivo”.

4. O Melhorar do Objeto: “Dizem que um amor com outro se paga, e mais certo é que um amor com outro se apaga”.


Desde o fevereiro de 2016, o jornal A Sirene – Para não esquecer, tem sido publicado pelo coletivo e parcerias. A equipe editorial é composta por jornalistas, fotógrafos, voluntários e atingidos. As matérias são, em sua maioria, de uma página com imagem, assinadas pelos atingidos e outros profissionais que os auxiliaram. Os temas recorrentes são o dia D, a vida antes e após a tragédia, as memórias e o que se espera do futuro na Nova Bento. Além dessas, também são encontradas seções que abrangem necessidades atuais, tais como: A gente explica e Que horas é a reunião? A primeira traz um glossário de novos termos usados e a segunda conta com um calendário dos compromissos agendados.

Memórias Poéticas de sabedoria, amor e fé
Cantiga popular de autor desconhecido

Mariana conta doze
Mariana conta doze
É doze, é onze, é dez,
é nove, é oito, é sete,
é seis, é cinco, é quatro,
é três, é dois, é um, é Ana
Viva Mariana
Viva Mariana


Desde o início da mineração no Brasil, poetas retratam essa atividade como degradadora do meio ambiente e da sociedade sem que suas vozes fossem devidamente ouvidas. Para que uma sociedade constitua sua história, alinhavando as tramas do passado para entender o presente e construir um futuro mais justo para todos, precisamos reverberar a voz dos cidadãos.

Ao respeitar nossa identidade, reconhecer nossas referências e beber de nossa fonte histórica por meio das nossas memórias individuais, coletivas e históricas bem marcadas, possuímos a força para lutar, para soltar o verbo e impulsionar a ação. Para tal, não podemos esquecer nem abafar o que já se passou. A poesia, em suas mais amplas expressões artísticas, sejam filmes, fotografias, ou poemas, publicadas no papel ou na nuvem, configura-se em mais um meio para vozes combaterem a silenciadora melodia dos cifrões. Podemos construir um futuro com sabedoria, amor e fé, como diz a atingida Ana Clara, de 7 anos de idade.

Eu estava com minha mãe quando soube que a barragem tinha estourado. Peguei o livro e mais algumas coisinhas e botei na mochila. Não deu tempo de salvar mais nada. Escolhi o livro que ganhei na escola. Nunca tinha ganhado um livro assim. Não queria perdê-lo. (…) Gosto de poemas. Tenho alguns livros de poesias aqui. Tenho sete anos. Estudava em Paracatu e ainda não sei esse ano onde vamos estudar. Mas vou continuar lendo, livro é sabedoria. Sabedoria, amor, fé, isso ninguém tira da gente.

(A menina que salvava livros, A Sirene).


Notas finais

O silêncio sobre o rompimento da barragem em Mariana foi a matéria-prima deste trabalho. Aquilo que não foi dito foi capaz de se fortalecer e ganhar forma em linhas e páginas por meio de depoimentos, análises, textos e entrevistas. Desde o início ficou claro que a missão não seria fácil, mas o trabalho foi construído a partir de muitas mãos. Aliás, foram profissionais de diversas áreas do conhecimento que quiseram provocar uma reflexão mais além do que tudo o que foi discutido até então.

As marcas para quem viveu toda a tragédia são indeléveis, porém para a opinião pública o ocorrido pode se perder em meio a tantos outros momentos de irresponsabilidade que resultaram em mortes e traumas. A memória desse fato, contudo, deve ser preservada! Não apenas para que os responsáveis sejam punidos ou para que ocorra um justo pagamento de indenização às inúmeras vítimas, mas também para que outra tragédia como essa não volte a acontecer.

As vozes que foram minguadas dão o tom para que este projeto não se encerre apenas nestas páginas; para que ele ganhe espaço no meio social. E assim, possa fazer com que as memórias dos atingidos e da tragédia em si não se apaguem.

 



REFERÊNCIAS

CRUZ, Domingos Gonçalves. Carlos Drummond de Andrade: No meio do caminho. Disponível em: <http://www.casaruibarbosa.gov.

br/dados/DOC/artigos/aj/FCRB_DomingogonzalezCruz_Poeta_lembrei_Drummond.pdf>. Acesso em: 04 jun 2016.

MOREIRA, Carlos André. Poema de Drummond sobre o Rio Doce, que circula em redes sociais, nunca foi publicado em livro. Acesso em: 04 jun. 2016.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Carlos Drummond de Andrade: poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003.ARAÚJO, Alex. ‘Sensação de alívio’, diz filho sobre identificação de corpo em Mariana. Acessada em 01/07/2016.

OLIVEIRA, Ana Clara e SALGADO, Marinalva. A menina que salvava livros. Jornal A Sirene, ed. zero. Fev. 2016. Disponível em: <https://

issuu.com/jornalasirene/docs/sirene_final _diogo_bx>. Acesso em: 05 jul.2016.

PENA, Felipe. Jornalismo literário. 2 ed. São Paulo: Contexto. 2012.


Andressa Menezes de Souza - Graduada em Letras (Português - Inglês) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2003. Mestranda em Divulgação Científica e Cultural pelo Labjor/IEL/Unicamp (2017). Especialização em Produção Cultural com trabalho de conclusão em reportagens de popularização da ciência para crianças (2013). Professora efetiva de língua inglesa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (2011); atua em ensino, pesquisa e extensão nos níveis médio, técnico e superior. Desenvolve trabalhos nas áreas de gêneros discursivos de popularização da ciência, letramentos científico e ambiental, produção de material didático para inglês para fins específicos nas áreas de química, controle ambiental, e percepção pública da ciência e da tecnologia. 

Imagem de capa JU-online
Carlos Drummond de Andrade: poesia para denunciar os crimes ambientais em sua terra natal | Foto: Reprodução | Instituto Carlos Drummond de Andrade

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