Cientista italiano desenvolveu atividades como residente no Instituto de Estudos Avançados da Unicamp em setembro
Depois de um mês de atividades no Instituto de Estudos Avançados (IdEA) da Unicamp, o físico italiano Francesco Vissani encerrou na semana passada a programação como primeiro convidado do Programa “Cesar Lattes” do Cientista Residente. Na quarta-feira (25), ele proferiu a palestra “Vampiros, Fantasmas, Mutantes: Metáforas sobre os Neutrinos”, no Auditório da Biblioteca Central Cesar Lattes (BCCL) da Unicamp, e, na quinta-feira (26), concluiu as aulas do minicurso “Neutrino Physics and Astrophysics”, voltado a professores, pesquisadores e alunos de pós-graduação. Além de interagir com os estudantes e docentes da área de Física e Astrofísica, também ofereceu uma palestra, em 11 de setembro, intitulada “Por que o Sol brilha?”, que lotou o auditório da BCCL para um público majoritariamente de Ensino Médio.
Mestre pela Universidade de Pisa e doutor pela Scuola Internazionale Superiore di Studi Avanzati (SISSA), em Trieste, Vissani foi o primeiro cientista laureado com a Medalha Occhialini (2008), iniciativa da Società Italiana di Fisica (SIF) em parceria com o Institute of Physics (IOP), do Reino Unido. Atualmente, é diretor de pesquisa nos Laboratórios Nacionais do Gran Sasso do Istituto Nazionale di Fisica Nucleare (INFN) e também professor do Gran Sasso Science Institute, uma instituição criada em 2016, em Áquila, com o objetivo de desenvolver a região após o grande terremoto que atingiu a cidade há dez anos.
Em entrevista ao Jornal da Unicamp, Vissani fez um balanço das atividades desenvolvidas no IdEA, falou sobre seus estudos com neutrinos nos Laboratórios Nacionais do Gran Sasso e sobre a importância de os cientistas se envolverem com divulgação científica paralelamente ao trabalho com pesquisa. Para ele, o ambiente competitivo regido pelo mote “publique ou pereça” é perigoso para a ciência e os cientistas devem sempre ter a criatividade como bússola.
Jornal da Unicamp: Como foi a experiência de um mês como cientista residente do IdEA?
Francesco Vissani: Para mim foi ótimo. Na verdade, além da iniciativa científica, eu agradeço não apenas por mim, mas por esse projeto. Está claro que vocês são a grande razão do sucesso dessa iniciativa. Gosto muito da forma com que vocês do IdEA trabalham juntos, tomando as iniciativas. Isso não é apenas para elogiar, eu já declarei isso em público várias vezes. A respeito do IdEA, destaco a proposta de tentar estimular a unidade do conhecimento de várias formas, a começar pelos caracteres gregos utilizados no logo do IdEA, que é uma palavra conhecida desde a filosofia de Platão, mas remete a um tempo em que a filosofia, a ciência e a arte estavam juntas, o que eu acho muito sábio. Quando eu vi a revista Ciência & Cultura [publicação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência produzida em parceria com o Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, Labjor, da Unicamp], eu realmente disse: “Certo, estou do lado de vocês”. Esse é realmente o tipo de tarefa que deveríamos buscar, porque acho que essa separação artificial não é boa.
JU: Como foi a interação com os pesquisadores e alunos de pós-graduação que participaram do minicurso no IdEA e com os alunos de Ensino Médio e público não-especializado que compareceram às suas duas palestras sobre o Sol e sobre os neutrinos?
Vissani: Sobre o minicurso eu fiquei muito satisfeito, porque houve uma diversidade entre os participantes, mas eles participaram ao longo de todo o curso e entenderam que não era parte do currículo e o fizeram apenas por perceber que valia a pena. Mas acho que você pode ter uma avaliação melhor vinda deles, que seria uma forma mais direta de julgar, mas eu fiquei muito feliz, e nós continuamos discutindo e interagindo. Há pouco, um dos meus colegas, que acompanhou o minicurso, estava aqui e, de alguma maneira, conversamos o que talvez resulte em uma colaboração. Muitos estudantes discutiram a partir de problemas de suas aulas, passando por temas de pesquisa até questões muito amplas e até filosóficas. Para mim foi maravilhoso. Agora, sobre as palestras abertas ao público, não tenho muita certeza, porque tenho consciência de que meus atributos de showman não são muito bons, e minhas qualidades em inglês não são muito boas, e, sinto muito, talvez não sejam até em italiano. (risos) Então, fiquei com a impressão de que a discussão na forma como compreendemos o Sol e a partícula fantasma [o neutrino] para ver o centro do Sol, de alguma forma foi considerada interessante. Com certeza, houve muita participação e os estudantes de Limeira [Colégio Técnico de Limeira, Cotil] e de outra escola nas imediações daqui, no meu ponto de vista, estão pelo menos no mesmo nível que os alunos, que conheço melhor, de minha experiência na Itália. Eles são pessoas muito motivadas e simpáticas. Na segunda palestra, eu tinha consciência de que era muito mais difícil, pois eu estava tentando fazer filosofia da natureza sobre coisas que não se pode ver, quer dizer, sobre átomos e suas partículas. Do meu ponto de vista, foi quase um experimento. Apesar disso, pelas discussões, pelas interações subsequentes com os participantes, mesmo achando quase impossível transmitir a mensagem, eu percebi que puderam ser introduzidos na matéria profundamente. Não sei, foi mais arriscado e não sei se pode ser considerada bem-sucedida, mas estou feliz. A propósito, eu normalmente não fico feliz. (risos) Sou muito crítico, mas esse foi realmente um belo momento da minha vida.
JU: Quais são as principais linhas de pesquisa desenvolvidas pelos Laboratórios Nacionais do Gran Sasso que o senhor dirige?
Vissani: No Gran Sasso há um grande laboratório destinado a estudar um fenômeno muito raro do universo, relacionado à Física de Partículas. Especificamente, estudar essa partícula fantasma, o neutrino, na busca de um fenômeno raro como o que eu descrevi na minha palestra, que é a criação da matéria, cujo nome técnico é horrível, que é duplo decaimento beta sem neutrinos. Além disso, também buscamos partículas hipotéticas, a chamada matéria escura, que é uma partícula completamente hipotética, mas poderia significar muito para a observação cosmológica. Então, parece que há muito mais matéria no universo do que vemos, cerca de cinco vezes mais, mas ninguém sabe o que é. Mesmo que não tenha sido claramente provada até agora, essa ideia de uma partícula completamente nova é considerada plausível. Excluímos várias outras opções, e ainda temos essa possibilidade. Então, eles estão tentando ainda esse tipo de investigação. Também se dedicam a algumas outras coisas, como a busca de neutrino de supernovas, a morte de grandes estrelas. No fim da vida das estrelas, no último momento, muitos desses neutrinos são emitidos, e os pesquisadores estão apenas esperando pacientemente, o que levará muitas dezenas de anos. Também fazem outro experimento em colaboração com um acelerador em Genebra [CERN]. Isso se refere ao laboratório [Gran Sasso]. Eu também trabalho principalmente com neutrinos, a maior parte do tempo meu trabalho consiste em Física de Partículas, e essas partículas interessam por si mesmas, usando-as em situações astronômicas.
JU: Qual a importância dos Laboratórios Nacionais do Gran Sasso para a pesquisa de neutrinos?
Vissani: Em geral, em âmbito mundial. Eu acho que é muito importante, ainda é o maior laboratório desse tipo. Há outros laboratórios, até mesmo mais bem-sucedidos, em métricas, ao menos. Por alguma razão, ainda não tivemos o reconhecimento de nossa equipe com um Prêmio Nobel. Entretanto, isso é relativo. Por exemplo, muitas pessoas da área, inclusive da Unicamp, receberam sua formação sobre neutrinos lá e são colaboradores. Portanto, é muito importante. Um aspecto maior da questão se refere a o que é a Física e, particularmente, o que é esse tipo de pesquisa de fronteira. No passado, poderia se fazer um experimento sozinho. Por exemplo, o famoso Experimento de Rutherford foi feito por [Hans] Geiger e [Ernest] Marsden [entre 1908 e 1913]. Então, uma dupla fez essa descoberta pioneira sobre o núcleo do átomo. Hoje, os novos experimentos que estamos realizando, em Física de Partículas, requerem muito mais pessoas. Ainda assim, duvido que a Física sem experimentos deva ser chamada de Física. Em certo sentido, estou discutindo aqui a definição do que é a Física ou, se você preferir, simplesmente qual é a minha definição de Física. No entanto, acho que precisamos de definições claras para evitar controvérsias desnecessárias e sem fim. A propósito, observo que, em meu campo de pesquisa, a Física de Partículas, há uma tendência muito comum de falar sobre Física, também em relação a questões puramente especulativas. Quero dizer, de ideias que não têm a menor contrapartida experimental. Pessoalmente, acredito que o valor dessa atitude é questionável, mas certamente isso não tem sido muito bem-sucedido nos últimos tempos. Tenho em mente o que as pessoas chamam de Teoria das Cordas, um conjunto de ideias que atraiu muitos esforços, discussões e pessoas. Tenho certeza de que não aumentarei o número de meus amigos depois dessas declarações, suponho que seja o contrário, mas prefiro me sentir à vontade com minha consciência. Eu tenho, preciso.
JU: Que contribuições o laboratório deu para aprimorar a compreensão sobre o neutrino?
Vissani: Uma das contribuições é o experimento OPERA [Oscillation Project with Emulsion-tracking Apparatus], que provou sem qualquer dúvida que essa curiosa propriedade do neutrino, que é a mudança de sua natureza, chamada de oscilação do neutrino, é um fato. O primeiro experimento que obteve uma evidência incontestável dessa propriedade ocorreu no Japão, chamado Super-Kamiokande, que é um experimento excelente e muito importante, mas, no mesmo ano [1998], um experimento menor, mas similar, foi conduzido no Gran Sasso, corroborando o resultado. Apesar de o comitê do Prêmio Nobel não reconhecer, a comunidade científica reconheceu o experimento MACRO [Monopole Astrophysics and Cosmic Ray Observatory]. [O físico japonês Takaaki Kajita, pesquisador do Super-Kamiokande, recebeu o Nobel de Física, em 2015, pelo trabalho em oscilações de neutrinos juntamente com o canadense Arthur McDonald]. Em 1998, na principal conferência da área, os resultados do Super-Kamiokande, do MACRO e de um experimento nos Estados Unidos chamado Soudan foram apresentados e estavam em concordância. O Super-Kamiokande foi, de longe, o melhor, e esse foi certamente um bom motivo para reconhecer sua grande contribuição para essa descoberta. Agora, a principal contribuição, em minha opinião, para a Física de neutrinos foi a que discutimos na primeira palestra, o estudo do Sol pelo neutrino, que é mérito de um experimento chamado Borexino. Talvez você esteja curioso sobre qual é meu comprometimento. Não sou membro de nenhum desses experimentos, mas, de certa forma, trabalho com todos os físicos teóricos envolvidos. Nós examinamos os casos científicos juntos, às vezes sugiro a eles algumas análises de dados melhores ou diferentes. Nos Laboratórios do Gran Sasso a equipe é ridiculamente pequena, somos apenas de cinco a dez cientistas, é um número muito pequeno, então, ajudamos muito uns aos outros.
JU: Sua principal área de pesquisa, o neutrino, é uma partícula subatômica que requer um alto grau de abstração para ser compreendido. A criatividade é um requisito básico para quem quer se tornar um físico?
Vissani: Eu acho que sim. Isso é nossa bússola, o que guia nossa pesquisa. Acho que qualquer um de nós tem sua própria bússola, mas eu concordo com sua questão que isso é importante, por uma razão simples. Sempre que você formula uma nova teoria, você precisa começar de algum ponto. Novas hipóteses, de onde elas vêm? Deus sabe! Quer dizer, algumas delas são úteis, outras não. Quando você precisa criar um experimento, possivelmente ele será muito preciso e rigoroso, e você ficará muito satisfeito com as etapas. Mas como você encontrou isso? Na essência, é onde a criatividade é necessária. Não são apenas regras em que você faz isso, isso e isso e consegue provar. Não! O mesmo ocorre na pesquisa em Física, mas é mais complicado, porque nós fingimos que nossas ferramentas mentais correspondem à natureza, mas ainda temos que ter essas ferramentas devidamente organizadas ou as escolher apropriadamente. Se for muito complicado, não seremos capazes de desenvolver nosso raciocínio. Se for muito simples, provavelmente não compreendemos direito. É algo artesanal, envolvendo criatividade e trabalho.
JU: Que espaço a divulgação científica tem em sua vida como profissional dedicado às pesquisas com ciência básica?
Vissani: Quando eu era criança, isso foi algo muito importante para meu começo. Eu me sinto na obrigação, de certa maneira, de não parar com isso, e estou me esforçando para transmitir conhecimento por várias razões. A primeira, para atender às pessoas que estão interessadas. Em segundo lugar, para as pessoas que querem nos avaliar. Certamente, não gosto da comunicação científica que é feita para vender coisas. Eu penso que é uma atitude muito perigosa e muito comum em nosso mundo, a propósito. Frequentemente ocorre que nosso desejo de ser reconhecido ou ter uma carreira, ou que quer que seja, nos leva a erros. Eu realmente acredito que devemos nos esforçar para discutir o que fazemos da forma mais direta possível. É muito fácil dizer: “Oh, esse raciocínio é muito difícil para você, confie em mim”. Não acredito que isso seja honesto. Eu tenho a obrigação de tentar e dizer as coisas da melhor forma. A propósito, também acho que você tenha a obrigação de me desafiar. É como em uma discussão comum ou em uma discussão política, em que devemos nos esforçar para tentar encontrar o cerne da questão e não nos enganar.
JU: Como o senhor idealizou a criação do Prêmio Asimov e qual o objetivo dele?
Vissani: O Prêmio Asimov é uma premiação que eu concebi durante minha experiência como coordenador do doutorado no Gran Sasso Science Institute por várias razões. Primeiro, eu quero que nossos alunos de doutorado desempenhem um papel na sociedade, basicamente. Eles não são mais estudantes, estão se tornando jovens pesquisadores e quero que eles reivindiquem esse papel. Eu pedi que eles ajudassem no comitê desse prêmio, mas também quero que os jovens leiam livros de ciência. Não sei aqui, mas na Itália isso não é tão comum. É muito mais comum que leiam literatura, romances ou outras obras, o que é completamente aceitável para mim, mas não vejo nada contra ler livros de ciência, especialmente quando são bem escritos. Eu percebi que vários dos nossos cientistas começaram sua atividade porque leram livros como esses. Afinal, eu “pedi” a ajuda desse grande nome, Isaac Asimov, que era um bom escritor de populares livros de ciência. Muitos amigos concordaram e vários professores de Ensino Médio têm o mesmo desejo e, então, demos início a esse prêmio, o que foi ótimo. Ele está se tornando cada vez maior.
JU: Por que os cientistas devem dedicar seu escasso tempo para a divulgação científica em um ambiente tão competitivo onde o lema é “publique ou pereça”?
Vissani: Esse é o lema moderno. Se você for ver grandes cientistas que lideraram a ciência, como [Max] Planck [1858-1947], [Enrico] Fermi [1901-1954] ou [Werner] Heisenberg [1901-1976], mas mesmo pessoas antes deles, como [Bernhard] Riemann [1826-1866], que foi um grande matemático, muitos deles costumavam praticar a comunicação da ciência para o público. Talvez eles estivessem errados e nós, certos. Talvez eles estivessem certos e nós, errados. No entanto, penso que não estamos errados, há várias razões para fazer isso. Uma delas é, de alguma maneira, permitir que outras pessoas juntem-se à iniciativa. Outra razão é que os contribuintes estão pagando nossos salários, o que torna isso provavelmente mais uma obrigação. Eu acho que é uma desculpa dizer “isso é muito difícil”, não acredito que seja justo. Há outra razão: ao tentar explicar o que fazemos, nós compreendemos um pouco melhor. Isso não é apenas, vamos dizer assim, minha limitação psicológica, mas percebi que, ao ler um artigo de Riemann ou Fermi, à medida que estavam explicando, eles estavam modificando ou melhorando algo. Talvez o último ponto, que talvez seja o mais importante, é que nós gostamos muito de dividir a ciência em parcelas muito pequenas, no entanto, sob esse ponto de vista da unidade do conhecimento, se pensarmos em termos da filosofia da natureza, essa atividade de palestrar ou disseminar é mais próxima do cerne do que a ciência deveria ser. Por exemplo, percebi que os alunos de doutorado com quem tive a honra de trabalhar, participaram desse processo dando palestras para estudantes secundaristas. Eu os encorajo fortemente e os ajudo a fazer isso. Eles estão se tornando melhores, mais fortes e até mesmo fazendo ciência melhor. Há várias razões para se fazer isso. Mas, se você não quiser fazer isso, não há problema para mim. “Publique ou pereça”, na verdade, é um mote comum dos tempos atuais, mas é perigoso. De certa forma, eu concordo: “Você é pago, deve nos retribuir com algo”. Mas, afinal, esse algo deve ser ciência, não artigos científicos. Quer dizer, eu costumo até dizer para os colegas em várias ocasiões que a ciência é algo difícil. Não devemos apenas escrever um novo artigo ou fazer um experimento, devemos fazer algo que acreditemos que valha a pena de ser realizado. Se não tivermos motivação, podemos apenas dizer: “Eu posso publicar esse artigo”, e então fazer isso, como os teóricos às vezes fazem. Não tenho certeza se estamos cumprindo nosso dever.
JU: Deve haver um equilíbrio então entre esses dois pontos de vista?
Vissani: Sim, deve haver um equilíbrio, deve ser algo com motivação. O ponto é simples: você está perdendo sua vida, além de desperdiçar dinheiro, que é outra questão importante. Tente fazer o seu melhor. Às vezes, um estudante pergunta: “O que devo fazer?”. Você se lembra de quando começou a estudar ciência? Lembra-se do sonho que tinha? É isso que você deve fazer. De alguma forma, tente cumprir isso. Se alguém te disser: “Escreva mais um artigo científico”, diga: “Certo, vou escrever quando eu tiver algo a dizer, quando eu aprender algo que ache ser importante reportar”. Essencialmente, é combinar um conceito moral com outro tipo de conceito. Provavelmente, as pessoas pensem demasiadamente em termos econômicos. Como dizer: “Eu te dou algo, você me dá algo”. Isso não é um pedágio. Se eu te entrego algo medíocre, você não deve morder a isca. (risos)
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