NOTÍCIAS

Equipamento integra extração e análise automatizadas de compostos naturais

Tecnologia apresenta potencial para a indústria, na purificação e concentração de compostos bioativos de alto valor agregado, para produção de extratos e substâncias químicas puras ou para a bioprospecção

Edição de imagem

A extração de compostos bioativos – fonte de uma ampla gama de substâncias químicas com propriedades interessantes para a sociedade, que vão desde prevenção de doenças até solução de problemas de engenharia -, pode ser muito mais eficiente do que é hoje. Isso porque pesquisadores da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) e da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp desenvolveram um sistema bidimensional que integra várias etapas do processo num mesmo equipamento. 

O sistema avançado e ultrarrápido é capaz de extrair, fracionar e analisar amostras complexas, sejam sólidas ou líquidas, para a determinação de compostos naturais de forma automatizada e com monitoramento em tempo real. “O sistema representa um grande avanço para a Unicamp. Trata-se de uma planta piloto bem mais complexa do que existe atualmente no mercado”, comenta a docente Tânia Forster que participou da invenção. 

O pedido de patente da tecnologia foi depositado com o apoio da Inova Unicamp no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e está disponível para licenciamento por empresas e instituições interessadas. O novo equipamento foi construído com financiamento do Projeto Jovem Pesquisador, da Fapesp – uma modalidade de apoio à pesquisa que busca fomentar novos grupos de pesquisadores ou novas linhas de pesquisas –  e já está sendo usado em diversos trabalhos científicos da Universidade. As pesquisas também renderam artigos científicos, um deles foi publicado recentemente na revista Analytica Chimica Acta.

Aplicações diversas

O sistema bidimensional foi idealizado originalmente para ser utilizado em escala laboratorial dando suporte para o ensino e a pesquisa na Unicamp. Mas a tecnologia também pode ser explorada para diferentes aplicações. Ela apresenta grande potencial para a indústria, na purificação e concentração de compostos bioativos de alto valor agregado, para produção de extratos e substâncias químicas puras ou para a bioprospecção – esforço empreendido na busca de novos produtos ou processos a partir da biodiversidade local. 

A análise de compostos químicos pode ser feita em diversos tipos de amostras como alimentos, solos, resíduos industriais, fluidos e tecidos animais, entre outros. “Estamos integrando detecção, análise e separação dentro de uma unidade super automatizada e complexa que nunca ninguém fez. Estivemos, recentemente, num congresso de tecnologia supercrítica e não vimos nada parecido. É uma tecnologia muito impressionante”, resume Forster sobre o novo equipamento em uso na Unicamp. 

Outro campo de pesquisa que pode ser beneficiado pelo invento é o da biorrefinaria. Dando destinos mais nobres e tecnológicos aos resíduos da indústria de alimentos e de bebidas. A ideia é, num futuro próximo, integrar o sistema de forma que após a extração dos compostos bioativos, os resíduos sólidos ainda sejam reaproveitados para a produção de bionergia. 

Leia matéria na íntegra publicada no site da Agência de Inovação da Unicamp. 

 

Imagem de capa JU-online
Tecnologia apresenta potencial para a indústria, na purificação e concentração de compostos bioativos de alto valor agregado, para produção de extratos e substâncias químicas puras ou para a bioprospecção

twitter_icofacebook_ico