Fundado por ex-alunos da Unicamp, Grupo Safira expande os serviços no setor de energia renovável
Fundada em 2008, a Safira Energia iniciou suas atividades atuando em consultoria, análises e soluções para o setor energético brasileiro. Desde então o hoje Grupo Safira, que compõe o ecossistema de inovação da Unicamp, tem expandido sua linha de atuação e seu faturamento. “Temos tido um crescimento consistente e gradual desde 2008. Mesmo com a pandemia da covid-19 vimos a empresa crescer e alcançar, em 2020, um faturamento superior a R$ 1 bilhão”, disse Mikio Kawai Júnior, CEO do Grupo, que, hoje, atua também na área de energia solar, aceleração de startups e serviços financeiros.
Com sede na cidade de Barueri, São Paulo, a Safira foi fundada por Kawai Júnior e Marcelo Davanzo, ambos ex-alunos da Unicamp. Kawai Júnior começou sua carreira como trainee da CPFL Energia. “Logo após finalizar minha pesquisa de mestrado entrei como trainee na CPFL. Foi nesse período que descobri o potencial de atuação no mercado livre de energia e montei a Safira Energia, em 2008”, contou ele. A empresa é hoje uma das maiores companhias do país, presente no ranking das mil maiores empresas do Brasil, elaborado pelo Valor Econômico em 2021.
Energia solar e inovação de sistema - Desde 2019, o foco do Grupo Safira são as energias renováveis. A Safira Solar fornece plantas fotovoltaicas de até 5 MW para geração distribuída (energia elétrica gerada no local de consumo ou próximo a ele). A empresa também está engajada em iniciativas ligadas à cultura ESG (a sigla em inglês refere-se a boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa), desenvolvendo atividades que visam causar impacto na economia familiar, criar empregos em regiões carentes e fomentar a responsabilidade ambiental com a geração de energia limpa.
A nova aposta da companhia é a Safira On, uma plataforma da Safira Energia em fase de validação que vai integrar as soluções do Grupo. As soluções que devem compor a plataforma são: inteligência de mercado, fornecendo ao consumidor informações em tempo real sobre o mercado de modo a auxiliá-lo na tomada de decisão; um módulo chamado migração, destinado aos consumidores que buscam entrar para o mercado livre de energia; e o módulo cotação, para que os clientes possam cotar o valor da energia ofertada pela empresa em tempo real, sem precisar esperar por uma cotação offline.
Em expansão, o Grupo Safira implementou dois programas, um de aceleração de startups, chamado de Acelera Si9, e outro de pré-aceleração, batizado Safira Labs. O interesse da companhia é investir em inovação, apoiando todas as fases do venture building, com o objetivo de cocriação de produtos e compartilhamento de espaço de desenvolvimento na chamada inovação aberta. “Todas as nossas frentes de atuação, com o alto valor agregado do setor de energia e o avanço no mercado financeiro e de startups, complementam o faturamento da companhia, o que nos colocou na posição 661º do ranking geral das mil maiores empresas do país, elaborado pelo Valor Econômico em 2021”, finalizou o CEO.
Programa para colaboradores - O salto no número de colaboradores da empresa acompanhou a transição e expansão de novos serviços. Hoje, o Grupo Safira emprega diretamente 120 pessoas. O crescimento se iniciou em 2018, por meio de um programa de estágio, e se mantém até os dias atuais. “A Unicamp foi um marco importante na construção e no desenvolvimento da empresa, tanto pela formação que me ofereceu quanto pelos contatos para recrutar talentos. Outro ponto decisivo para o crescimento da Safira foi a minha visita, em 2018, ao Vale do Silício. Eu trouxe o programa de estágio para a empresa que resultou em um aumento considerável no número de colaboradores. Mais que dobramos o número de pessoas nos últimos quatro anos”, explicou Kawai Júnior.
Ecossistema empreendedor da Unicamp - Um dos ecossistemas empreendedores de que o Grupo Safira faz parte é o Unicamp Ventures, fomentado pela Agência de Inovação Inova Unicamp, que produz conteúdo (como esta reportagem) e eventos reunindo as empresas-filhas da Universidade. Podem integrar o ecossistema empreendimentos fundados por pessoas que têm ou tiveram vínculo com a Universidade, tais como alunos, ex-alunos, docentes e funcionários ou ex-funcionários. Isso além das startups que foram incubadas na Incamp ou criadas a partir de uma tecnologia desenvolvida na Universidade, as chamadas empresas spin-off.
Esta reportagem foi publicada originalmente no site da Inova Unicamp.
