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Canções escravas são tema do ‘Oxigênio #59’

A historiadora Martha Abreu, professora da UFF, fala sobre a cena cultural que deu origem ao samba e que moldou a cultura brasileira. A docente é autora do livro “Da senzala ao palco: canções escravas e racismo nas Américas”.


Antes mesmo da invenção do disco e do rádio, a indústria musical já prosperava com a venda de partituras para pianos. No final do século XIX, a sociedade abastada do Rio de Janeiro mostrava seu enriquecimento comprando pianos e um de seus maiores passatempos eram os bailes e os saraus feitos em casa. Foi a partir da comercialização das partituras de música que os ritmos afro-brasileiros começaram a ganhar popularidade nos teatros de revista, nos clubes dançantes e nas salas de estar das elites brancas. Mesmo tendo que lutar contra o preconceito, a música negra ajudou a criar todo um mercado e deu visibilidade aos descendentes de africanos. Nesta edição do Oxigênio conversamos com a historiadora Martha Abreu, professora titular do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF), sobre a efervescente cena cultural que deu origem ao samba e que moldou a cultura brasileira como conhecemos. A pesquisadora é autora do livro “Da senzala ao palco: canções escravas e racismo nas Américas”. Publicado pela Editora da Unicamp, o e-book faz parte da coleção Históri@ Illustrada e resgata a música negra nas Américas após a Abolição.
 

 

 

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