O Centro Cultural de Inclusão e Integração Social – CIS Guanabara, espaço público tombado como patrimônio histórico e cultural de Campinas e colocado aos cuidados da Unicamp, está sob nova coordenação. Angela Maria Morais, funcionária que atuou por 15 anos na Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH) e por mais oito na Diretoria Geral da Administração (DGA), assumiu o novo cargo no último dia 21 de março. “Aceitei o desafio, mas confesso que ainda tenho muito a aprender e muito a fazer por este espaço que considero fantástico. Conto com uma equipe bem dedicada e alinhada com os objetivos do CIS”, afirma a coordenadora, que terá o apoio do professor Marcos Tognon, mantido como adjunto.

O Centro Cultural foi criado pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac), que tem como atual pró-reitor o professor João Frederico da Costa Azevedo Meyer, o Joni. O espaço é composto pelo conjunto arquitetônico recuperado da antiga Estação Guanabara, na área central da cidade, e destina-se ao desenvolvimento de projetos de educação, cultura e lazer para a comunidade da Região Metropolitana de Campinas (RMC). “Nossa meta é ampliar as atividades, dando uma regularidade maior a elas e, principalmente, enfatizar a inclusão social divulgando mais o nosso trabalho junto às comunidades de bairro”, diz Angela Morais.

Segundo a coordenadora, outro objetivo é buscar parcerias com instituições que trabalham com adolescentes e jovens em condições de vulnerabilidade, colaborando para seu aprimoramento cultural, integração social e preparo para o mercado de trabalho. “Também estamos convidando pessoas da Unicamp para nos ajudar, como os professores Esdras, Denise, Cassiana e Mannis, do Instituto de Artes, e José Júlio Gavião, da Faculdade de Educação Física. Já iniciamos um projeto de dança junto a portadores de deficiência, com a professora Keyla Ferrari Lopes. Tem um convênio em andamento com a Secretaria do Estado de Cultura e Secretaria do Estado de Desenvolvimento Metropolitano que vai permitir mais oficinas Hilda Hilst – que já existem na cidade – com atividades teatrais, pintura, informática.”

Angela Morais adianta que se pretende tornar a gare um espaço efetivo de convívio social, com a instalação de mesas, cadeiras e outros equipamentos – e até mesmo um vagão de trem para caracterizar melhor a estação. “Queremos que o CIS Guanabara seja um lugar de referência para os moradores da região, um ponto de bate-papo. Já temos uma biblioteca aberta ao público e vamos voltar com o Pontão da Leitura [parceria com uma ONG visando resgatar o hábito milenar de contar histórias e levar crianças e adultos ao hábito da leitura].”

Entre as atividades regulares, a coordenadora destaca a Rede de Agroecologia da Unicamp (RAU), que envolve a Sexta na Estação, com uma feira de agricultura familiar, economia solidária e produtos orgânicos, além de oficinas sobre agricultura orgânica, shows musicais, exposições e filmes. “Para este meio de ano, já temos acertados espetáculos circenses com o Grupo Matula, de 17 de maio até 15 de julho, e de teatro com Os Geraldos, por duas semanas (final de julho) – reservamos ingressos para inclusão social. Também estamos alugando ônibus para em evento em comemoração ao Dia das Mães, 12 de maio, a fim de trazer mães e filhos para contação de histórias, espetáculos artísticos e palestras.”