Fórum em Limeira discute a formação e o papel
dos tecnólogos no mercado de trabalho brasileiro
24/04/2012 - 13:40
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“Educação Profissional e Tecnológica no Brasil” foi o tema de mais uma edição do Fórum Permanente de Ciência e Tecnologia, idealizado pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU) e realizado nesta terça-feira no auditório da Faculdade de Tecnologia (FT) de Limeira. A organização do evento coube aos professores José Geraldo Pena de Andrade (diretor da FT e coordenador), Sandro Tonso e Marco Antonio Garcia de Carvalho (diretor associado). Segundo eles, nos últimos anos foram criados vários cursos de formação tecnológica nos planos federal e estadual, mas as atribuições dos tecnólogos são limitadas em áreas onde existem órgãos de classe. “Este fórum tem o objetivo de discutir o papel desses profissionais no mercado brasileiro, procurando criar uma reflexão proativa entre todas as partes envolvidas: governo, empresas, órgãos de classe e universidades.”
A primeira palestra do dia foi concedida por Angelo Luiz Cortelazzo, docente aposentado no Instituto de Biologia (IB) e que foi pró-reitor de Graduação da Unicamp de 1998 a 2002. Atualmente, ele é coordenador de Ensino Superior do Centro Paula Souza e presidente da Câmara de Ensino Superior do Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE). “Pela minha experiência em graduação fui convidado a promover a expansão que tem ocorrido no ensino tecnológico paulista, através das Fatecs [Faculdades de Tecnologia]. Elas eram 26, agora são 52, em dois meses serão 55 e, em dois anos, de 60 a 65. Formamos seis mil alunos no ano passado, número que deverá dobrar até o final desta fase de expansão.”
Para Cortelazzo, reforçar a cooperação das faculdades de tecnologia com o mundo do trabalho é uma condição sine qua non, inclusive para amenizar certo preconceito de pessoas que ainda não compreendem o que são os cursos. “O tecnólogo enfrenta revezes e precisa até agir na justiça para conquistar uma vaga. Recentemente, na Fatec, um aluno ficou em primeiro lugar num concurso da Marinha, mas foi recusado porque o curso de soldagem não estava no catálogo. Deu trabalho fazer entender que o catálogo é só referência e que há cursos que lá não estão, mas representam até inovação.”