Um pouco do estado da arte nos estudos em
esporte adaptado, em fórum promovido pela FEF
26/04/2012 - 11:30
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“Estudos avançados em esporte adaptado” é o tema do Fórum Permanente sobre Esporte e Saúde realizado nesta quinta-feira, no Centro de Convenções, pela Faculdade de Educação Física (FEF). Os Fóruns Permanentes da Unicamp são uma iniciativa da Coordenadoria Geral da Universidade (CGU). “Este encontro surgiu em função dos debates que vêm acontecendo sobre a necessidade de avançar na ciência para o esporte adaptado, com avaliações e treinamentos mais específicos. É um momento de discussão com profissionais de diversas áreas”, explica o professor José Irineu Gorla, chefe do Departamento de Estudo da Atividade Física Adaptada da FEF e organizador do evento.
O fórum reuniu profissionais da Faculdade de Ciências Médicas, coordenadores de modalidades de atletismo do Comitê Paraolímpico Brasileiro e especialistas em avaliação do desenvolvimento dos esportes na área. “Queremos debater como a aplicação de determinadas variáveis, trabalhadas junto com a medicina, por exemplo, interfere no rendimento dos atletas nos seus diversos treinamentos, como no rúgbi, atletismo e natação”, diz o professor da FEF.
José Irineu Gorla informou que na primeira mesa – “Considerações sobre o exercício em atletas com lesão da medula espinhal” – seriam abordados aspectos cardiorrespiratórios que podem ser trabalhados para melhorar a qualidade de vida dos atletas. “São informações que permitem dar um treinamento um pouco mais puxado e efetivo, mas controlado, visando um rendimento melhor do atleta. Teremos uma segunda mesa tratando especificamente dos métodos de avaliação, finalizando com uma palestra relacionada à nutrição dos atletas paraolímpicos.”
Na opinião de Gorla, debates como este são necessários para que os brasileiros possam chegar bem estruturados para a Paraolimpíada do Rio em 2016. “Vamos buscar o que o presidente do Comitê [Andrew Parsons] anuncia sempre, que é ficarmos entre as cinco maiores potências. Atualmente, o Brasil está na nona colocação, com a meta de chegar entre os sete melhores agora em Londres. Não é fácil, já que todos os países também avançam nos treinamentos. Esse fórum vai mostrar um pouco do estado da arte do que estamos fazendo em esporte adaptado. Em 2010 foi criada a Academia Paraolímpica Brasileira, onde especialistas da Unicamp, Unifesp e USP estudam questões da ciência, enquanto o governo investe também em atletas, treinamento e capacitação.”