Alunos assistem palestras sobre
Projeto Ciência Sem Fronteiras

07/05/2012 - 16:20

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Unicamp Sem Fronteiras

Unicamp Sem Fronteiras

Beatriz: destino Espanha

Beatriz: destino Espanha

Bruno Santos: participação futura

Bruno Santos: participação futura

Vidotto: requisito

Vidotto: requisito

O momento é de ansiedade para estudantes da Unicamp que aguardam por uma resposta dos fomentadores envolvidos no Programa Ciência Sem Fronteiras (CSF). Nesta segunda-feira (7), muitos estudantes participaram da abertura do Encontro Unicamp Sem Fronteira com o objetivo de conhecer melhor os programas de intercâmbio da Universidade e o próprio CSF. É o caso da aluna do terceiro de Estatística Beatriz Gonçalez Benati, que aguarda ansiosa a aprovação do CNPq para graduação sanduíche na Espanha. Com domínio do idioma, um dos pré-requisitos importantes para a aceitação no programa, ela espera na iniciativa do governa a oportunidade de viver uma experiência impossível de ser concretizada com recursos próprios. “Eu quero muito esta bolsa, pois é muito importante para minha formação e não tenho condições de realizar”. A Unicamp, segundo a estudante, já aprovou; agora a aprovação do órgão de fomento será motivo de comemoração.

Assim como Beatriz, a maioria dos alunos da Unicamp tem consciência de que a experiência internacional é muito importante para o desenvolvimento acadêmico, profissional e até mesmo pessoal dos futuros cientistas. “Será um diferencial importante no currículo tanto para quem pretende seguir carreira na academia ou no mercado de trabalho. Além disso, esses estudantes trarão informações sobre métodos de estudos diferentes para a universidade e para o país”, acrescenta Beatriz.

Na área de alimentos, que cresce com um leque grande de inovações científicas e tecnológicas não seria diferente. Aluno do segundo do curso de engenharia de alimentos, Danilo Corsi Vidotto busca mais informações sobre os intercâmbios da Unicamp no encontro dessa semana, pois entende que está se graduando numa área em crescimento cuja boa formação, incluindo experiência internacional, é pré-requisito para colocação no mercado. A engenharia de alimentos, segundo Vidotto, é uma das áreas que oferecem grandes oportunidades de trabalho com o título de graduação. “É muito importante a iniciativa do governo de oferecer oportunidade de graduação sanduíche, já que era comum ter isso na pós-graduação. Se eu quisesse realiza graduação sanduíche, teria de custear, mas hoje há esta possibilidade”, acrescenta.

A opinião dos alunos mostra que eles estão muito atentos à tendência acadêmica e às orientações dadas pelos dirigentes da Unicamp. Durante a abertura, o pró-reitor de pós-graduação Euclides Mesquita destacou que eram raros programas de mobilidade de graduandos, mas o CSF abre essa possibilidade. Ele lembrou que há três anos a Universidade incluiu entre suas metas principais o aumento do grau de mobilidade de alunos e professores. Desde então, uma série de atividades são desenvolvidas, inclusive a abertura de editais específicos para intercâmbio em universidades com as quais mantém convênio.

O pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, Ronaldo Pilli chamou a atenção dos alunos para acompanharem os editais e ficarem atentos aos requisitos importantes, como conhecimento da língua, tempo de graduação, aproveitamento, entre outros. Ele acrescentou que , durante muito tempo, a oportunidade de desenvolver pesquisa no exterior foi rareando, mas com o CSF é possível conhecer o que há de melhor em pesquisa e ensino pelo mundo. “O mundo é um só e temos de oferecer aos nossos estudantes essa oportunidade”, pontuou.

A internacionalização já chama atenção até mesmo de alunos que reconhecem o despreparo para as primeiras chamadas do Ciência Sem Fronteiras, mas acompanham eventos como o Encontro Unicamp Sem Fronteira para se preparar, como é o caso de Bruno José dos Santos, do segundo ano de graduação em química. “Ainda é cedo para participar da seleção, mas tenho certeza que o Ciência sem Fronteira amplia as oportunidades para estudantes de graduação. A produtividade deve aumentar com o retorno desses alunos para o país”, avalia Santos.

De acordo com o professor Alberto Luiz Serpa, a Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori) oferece algumas oportunidades de intercâmbio. O coordenador esclareceu que a Cori está à disposição para oferecer informações sobre aspectos específicos de cada país conveniado.

O pró-reitor de graduação da Unicamp, Marcelo Knobel, informou que o primeiro edital, no final do ano passaso, recebeu 88 inscrições. No segundo, 150 alunos se inscreveram e no terceiro, 322 estão inscritos. Knobel acrescentou que a iniciativa do governo é importante, mas a Universidade tem acompanhado as discussões fazendo uma série de críticas construtivas, entre elas a ampliação de oportunidades a estudantes da área de humanidades.