Fórum discute inovação em
empresas de microeletrônica

21/03/2012 - 11:40

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Fórum discute inovação em empresas de microeletrônica

Fórum discute inovação em empresas de microeletrônica

Adalberto de Azevedo: ecossistemas organizacionais

Adalberto de Azevedo: ecossistemas organizacionais

Newton Müller Pereira: conciliação de interesses

Newton Müller Pereira: conciliação de interesses

A edição desta quarta-feira, 21, do evento Fóruns Permanentes, reuniu especialistas de empresas e pesquisadores no debate sobre a gestão dos ecossistemas organizacionais e o capital intelectual para a viabilização da inovação em empresas brasileiras da área de microeletrônica. O fórum da série “Empreendedorismo e Inovação”, uma iniciativa da Coordenadoria Geral da Universidade (CGU), foi realizado no Centro de Convenções da Unicamp e organizado pelo Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT), do Instituto de Geociências (IG), com patrocínio do Grupo de Apoio à Inovação e Aprendizagem em Sistemas Organizacionais (GAIA), do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer.

A mesa de abertura teve a participação da assessora da GCU Carmem Zink; do professor Newton Müller Pereira, do IG, além de três palestrantes e debatedores. Pereira alertou para a importância do debate sobre o tema na universidade: “a inovação deixou de ser apenas de processos e produtos para ser também de gestão. Geralmente nos preocupamos mais com a parte científica e técnica e as empresas estão ocupadas também com a gestão. Temos que conciliar todos os interesses”.

André Tortato Rauen, que fez mestrado e doutorado na Unicamp e hoje é pesquisador no Inmetro, comentou sobre o Plano Brasil Maior, de política industrial, tecnológica e de comércio exterior do governo Dilma Rousseff. “É o momento no Brasil em que o conhecimento está voltado para as demandas internas. No Inmetro, por exemplo, há uma capacidade não explorada de apoio à inovação que começa a ser otimizada”.

Na primeira palestra, o termo “ecossistemas organizacionais” foi destrinchado pelo pesquisador Adalberto de Azevedo, do GAIA. Trata-se do conjunto de instituições científicas, tecnológicas, regulatórias e de mercado que viabilizam a inovação. Azevedo comentou que “não se pode engessar uma gestão como se o mundo ideal proposto pelas políticas públicas fosse existir”. Ele ressaltou a importância de competição e cooperação trabalharem lado a lado. ”É o que garante a sobrevivência de longo prazo do ecossistema. Quando a relação é predatória é ruim para ambos”, afirmou.

Na segunda apresentação da manhã, o coordenador do GAIA, Marco Antônio Silveira, falou sobre a importância do capital intelectual para a inovação. Segundo Silveira, a inovação hoje é parte da estratégia competitiva das empresas e o capital intelectual, e humano, seria a base de todo o processo. “Dentro dos sistemas organizacionais tudo passa pelo domínio do humano. Nós estudamos como é possível uma empresa ser competitiva e inovadora e ao mesmo tempo humanizada. Hoje muitas empresas adoecem seus funcionários. Precisamos buscar boas condições de trabalho para que o funcionário contribua da melhor forma”.