Oficina no Espaço Cultural Casa do Lago debate
riscos da internet para crianças e adolescentes
02/05/2012 - 16:00
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Aproximadamente 75% das crianças brasileiras de 10 a 15 anos já utilizaram a Internet. O levantamento, realizado pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), ainda aponta que os jovens e adolescentes brasileiros estão entre os que mais navegam na rede em todo o mundo. O dado pode ser interpretado em uma perspectiva positiva reconhecendo a Internet como ferramenta educacional e de interação humana. Mas, por outro lado, ele também serve de alerta para os riscos e crimes cibernéticos frente aos direitos das crianças e adolescentes.
Evento sediado pela Unicamp nesta quarta-feira (2) debateu o tema durante oficina realizada no Espaço Cultural Casa do Lago, órgão da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac). A iniciativa foi coordenada pela Organização Não Governamental (ONG) SaferNet Brasil, associação civil com atuação nacional fundada em 2005 por grupo de cientistas da computação, professores, pesquisadores e bacharéis em direito.
“O objetivo é promover o uso mais responsável, ético e seguro das tecnologias, não somente para proteger os direitos das crianças e adolescentes, mas também para promover o uso livre destes recursos. Nós queremos educar para o exercício da liberdade”, prega Rodrigo Nejm, secretário-geral da ONG.
A oficina foi direcionada para conselheiros de direitos e tutelares, educadores e demais agentes do sistema de garantias de direitos de crianças e adolescentes. De acordo com Nejm, o evento na Unicamp integra uma série de oficinas de formação de multiplicadores para atuação na prevenção de crimes na Internet, realizadas entre abril e maio em 12 cidades do país. A iniciativa faz parte de parceria entre SaferNet Brasil e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Outros números
Os relatórios de 2009 e 2011 do Cetic.br, órgão vinculado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (cgi.br) mostram que 25% das crianças já sentiram medo ou perigo usando a Internet. Além disso, 12% delas já declararam ter conhecido alguém pela Internet. Em contrapartida, 21% dos pais afirmaram que não realizam nenhum tipo de restrição ou controle dos filhos no uso da Internet.