Representantes de universidades discutem
programas de pós em geografia durante fórum
11/04/2012 - 14:50
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Representantes de diversas universidades brasileiras tiveram uma terça-feira (10) intensa em reunião no Fórum de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação em Geografia, realizado na Unicamp. As atividades tiveram como propósito levantar problemas e propostas de melhorias em programas de pós-graduação e apresentá-los, nesta quarta-feira (11), a representantes da Capes e do CNPq durante a mesa-redonda “A pós-graduação em geografia no Brasil: a pesquisa, o fomento e os critérios de avaliação”.
De acordo com a professora do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp e presidente da Associação Nacional de Pesquisas em Geografia (Anpege), Maria Tereza Duarte Paes, apesar da expansão de programas de mestrado e doutorado nesta área na década de 1990, é preciso dialogar constantemente sobre qualificação dos programas e questões de financiamento de pesquisas em geografia física e em geografia humana. Entre as questões pertinentes ela aponta a reflexão sobre políticas públicas, sistemas de avaliação, estratégias para auxiliar o desenvolvimento de outros programas e buscar aproximação entre os cursos que obtiveram nota 3 e os que atingiram média 7.
De acordo com o representante do comitê de geografia na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal em Nível Superior (Capes) João Lima Sant’Anna Neto, há um movimento para indução da abertura de novos programas de pós-graduação. No momento o Brasil conta com 49 programas, dentre os quais três receberam nota 7. Segundo Maria Tereza, o número de programas é grande em relação a outros países, mas os recursos de financiamento ainda estão aquém do necessário.
A professora da Universidade Federal de Santa Catarina Leila Christina Dias, conselheira do comitê de geografia no CNPq, afirma que o órgão de fomento tenha papel importante no financiamento de programas e pesquisadores na área, mas acredita que a distribuição homogênea de recursos poderia fortalecer os programas de geografia. “É uma disciplina que dá conta da maneira como o espaço se organiza em suas várias dimensões físicas e humanas”, acrescenta Leila.
Companheiro de Leila no comitê de geografia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o professor do IG Archimedes Perez Filho explicou que para ser contemplado, o pesquisador tem de se enquadrar em uma lista de critérios determinados pelo órgão de fomento. A pontuação não é atribuída pelos conselheiros, segundo o professor, mas pelas informações constantes do currículo da plataforma Lattes. Conforme Perez, os resultados das discussões da mesa-redonda desta quarta-feira serão levados para a reunião virtual de conselheiros do CNPq, antecipada do dia 25 de abril para esta quinta-feira (12).