Intel apresenta processador Atom a professores
de várias universidades em workshop da Feec
17/05/2012 - 12:00
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Segundo previsão da Intel, até 2015 serão 15 bilhões de dispositivos conectados à Internet no mundo. Desses 15 bilhões, tirando a parte que envolve computadores e servidores, vai sobrar algo em torno de 1 bilhão envolvendo dispositivos conectados inteligentes. São assim chamados porque exigem um alto desempenho mas, ao mesmo tempo, um consumo pequeno de energia, por ter um trabalho mais apurado de processamento. Esse nicho está sendo discutido no Workshop Intelligent Systems, realizado desde quarta-feira na sala PE-12 da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (Feec) da Unicamp.
José Mario De Martino, professor do Departamento de Engenharia de Computação e Automação Industrial e um dos responsáveis pela iniciativa, relata que a Intel está se propondo a introduzir workshops de trabalho (hands on) a fim de apresentar uma nova tecnologia. Trata-se de um novo processador chamado Atom, que está sendo exibido primeiramente a 25 docentes de várias universidades brasileiras, do Norte ao Sul do país. “Os professores estão recebendo um treinamento, que prossegue até sexta-feira”, conta De Martino, "com a ideia de expor para os alunos essa nova tecnologia, voltada a sistemas embarcados, ou seja, quaisquer equipamentos, desde celulares, carros, geladeiras e outros dispositivos", exemplifica.
Cada professor está recebendo um kit educacional sobre esse equipamento. São basicamente livros para que os docentes os avaliem, adaptem, levem uma solução ou montem um curso ou uma disciplina em suas universidades de origem.
A programação na Feec inclui experimentos de captura de dados de câmera e processamento possível, entre outros assuntos. “Estamos explorando vários aspectos nesses três dias para atualizar a potencialidade dessa tecnologia”, comenta De Martino.
Rubem Paulo Saldanha, gerente de educação da Intel, responsável pelo relacionamento com as universidades, afirma que o workshop na Unicamp integra uma série de ações da sua empresa para buscar uma maior aproximação com a universidade brasileira. É o primeiro treinamento no país nos últimos anos para mostrar o que está acontecendo agora e o que virá em termos de tecnologia. “Quando os alunos já se formarem, eles já terão tido um contato com essa tecnologia pois, com o seu avanço, o que é do ano passado ou o que já passou faz cinco anos não será tão útil como o que está acontecendo agora e o que está por vir”, salienta Saldanha.
A área de sistemas embarcados, contemplada pela Intel, é uma importante tendência nos próximos anos. Reúne algumas ferramentas e designs de processadores, temas que rendem muitas aulas em disciplinas específicas de sistemas embarcados.
Indagado sobre o que as pessoas podem esperar no futuro em relação à tecnologia, Saldanha informa que os avanços são promissores e abrangentes. O carro que sabe localização, conta ele, fornece as melhores rotas para chegar aos pontos desejados. “Ele utiliza processamento, mas não pode ser um computador, por se estar dentro de um carro. É necessário um sistema inteligente que processe as informações para conseguir fornecer a posição que você está e a melhor rota no tráfego. Não estamos propriamente falando de um GPS e sim de um sistema de navegação embarcado dentro do carro”, pontua ele.