A participação em uma ação do Projeto Rondon em 1977, quando ingressava na graduação, fez com que a assessora da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (Unesp) Maria Cândida Soares Del Masso lançasse um olhar especial para a extensão universitária. Hoje, ela afirma que o papel da extensão universitária precisa estar bem-definido para garantir uma cultura de paz. Nesta quarta-feira, durante a palestra “Direitos humanos para uma cultura de paz”, no Fórum de Extensão Universitária da Unicamp, intitulado “A extensão universitária na construção da harmonia social”, ela acentuou que a indissociabilidade da pesquisa, da extensão e do ensino é importante para que a universidade cumpra um papel social que garanta cidadania à sociedade.

Durante a palestra”, Maria Cândida enfatizou a importância de a extensão universitária responder à necessidade da comunidade onde deverá atuar. Como exemplo, ela cita um dos projetos coordenados por ela em que o objetivo é promover a reinserção na sociedade de pessoas excluídas do mercado de trabalho por desqualificação de função, acidente de trabalho e envelhecimento humano. Ela pontuou que em um projeto de extensão a participação da comunidade é essencial, o que o difere de uma ação assistencialista. Ter consciência do papel da extensão evita ações equivocadas, que podem fazer com que a instituição assuma um papel do governo.

Na abertura, o pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, João Frederico Meyer, lembrou que na extensão universitária a cultura da paz não está focada no combate à guerra, mas à garantia de vigência dos direitos humanos. Uma realização da Coordenadoria Geral da Universidade (CGU), o fórum contou com a  presença de representantes das áreas de direitos humanos, economia solidária, arte e cultura, de acordo com o secretário da Coordenadoria de Assuntos Comunitários da Unicamp Celso Ribeiro de Almeida.