O dia 21 de junho é o Dia da Música. Nada melhor do que comemorar a data com muita música. Foi o que fizeram no início da tarde (12h30) desta quinta, 21, os músicos da Orquestra Sinfônica da Unicamp, em 25 diferentes locais do campus. As apresentações simultâneas, divididas por grupos de câmara e solos, eram uma surpresa e rápidas (não mais que 15 minutos). O evento foi organizado pelo Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural (Ciddic) e promovido pelo Projeto "Música  no Campus", da Reitoria da Unicamp.

- Vídeo e fotos do Zíper na Boca enviados Elias Barbosa
-O Dia da Música na DGRH
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Veja onde aconteceram as apresentações no campus


Na Reitoria, Vivaldi é lembrado no primeiro dia do inverno
O convite para a audição dos concertos foi feito com a própria sonoridade das peças. Na quinta-feira chuvosa que anuncia o frio, a música Inverno, parte da obra Quatro Estações, de Antonio Vivaldi, convidou ao saguão da Reitoria o reitor Fernando Costa, o coordenador-geral Edgard Salvadori De Decca, o pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários João Frederico Meyer, que se somaram a uma plateia formada por funcionários da Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori), de pró-reitorias e da Copa da Reitoria.

A aproximação entre os espectadores e os músicos foi evidente, pois em ambientes pequenos, a distância entre público e instrumentistas é muito menor. Ou seria melhor dizer que quase não existe. Nessa interação, depois de apreciarem Divertimento, de Wolfgang Amadeus Mozart, e Canon, de Johann Pachelbel, as funcionárias da Copa foram presenteadas com solo de violino de um trecho da peça Sonho de uma Noite de Verão (Marcha Nupcial), de Felix Mendelssohn.

Enquanto o spalla da OSU, Artur Roberto Huf (foto ao lado), surpreendia com o solo, a coordenadora do Ciddic, Denise Garcia, comentava: “É isso que queremos: que público e orquestra interajam”. Segundo Denise, que esteve também no concerto realizado no Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, a ideia de fazer um dia de música por toda a Unicamp já vinha sendo amadurecida, com o objetivo de levar música a espaços onde dificilmente exista. Para Huf, as apresentações de grupos de câmara são uma forma de divulgar o trabalho da OSU na Unicamp.

NO IEL...
No Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), a apresentação ocorreu em frente da livraria da Editoria da Unicamp. Pelo menos 30 pessoas ouviram os acordes, muitos deles saídos de um evento na unidade.

NA FCM...
A Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp recebeu com grande satisfação e surpresa o duo de músicos da Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU). Violino e violoncelo reverberaram músicas clássicas e populares no Espaço das Artes da FCM. Da milonga do tango à pura bossa-nova de Tom Jobim, a empatia com o público foi especial. No bis, solicitado acaloradamente, a maestria e simpatia dos concertistas conquistou a todos. O desejo de quero mais ficou no ar, chuvoso, mas acolhedor. “Parece que saímos renovados daqui”, disseram algumas pessoas presentes que cumprimentaram, individualmente, os músicos.

O DIA DA MÚSICA NA UNICAMP

O ‘Dia da Música’ nasceu da ideia de compartilhar essa arte com toda a comunidade do campus universitário. É uma festa, é um presente da Orquestra Sinfônica da Unicamp para a instituição que a abriga. A imagem que nos inspira é a de pulverizar e espalhar a orquestra por todo o campus universitário, levando música para todos os cantos da universidade.

A música, como todas as artes, é transformadora da experiência humana. A vivência da arte implica a transcendência das questões cotidianas mais banais e chama para a perspectiva de uma vida mais plena, mais significativa. A experiência da música aciona múltiplas dimensões: é uma experiência cognitiva de altíssima abstração, ao mesmo tempo é linguagem que fala diretamente aos nossos sentidos. A música pensa, a música dança, a música emociona, a música une. É por esta razão que ela é presente nas mais diversas atividades sociais de todos os povos. Mas as institucionalizações que encaixotam os saberes e as práticas por vezes podem adormecer o poder transformador da arte.

A Unicamp, por sua vez, é uma usina do conhecimento. Todos os dias o campus universitário produz uma imensidão de eventos acadêmicos em todas as áreas. Por outro lado, pela vivência intensa da comunidade dividida nos espaços das especialidades, perde-se a dimensão dessa ampla riqueza que a universidade produz como um todo. Cada instituto de ensino, cada núcleo de pesquisa, cada centro administrativo se ocupa intensamente de suas próprias tarefas e acaba não participando da vida universitária no que ela tem de mais rico, que é a amplitude de sua produção.

O ‘Dia da Música’ propõe uma quebra desse cotidiano, tirando a Orquestra Sinfônica da sala de concerto e levando música para todas as faculdades e institutos. Serão 25 apresentações que ocorrerão pelo campus, todas no mesmo dia e no mesmo instante: a universidade soará simultaneamente.

OSU se apresenta completa, às 19 horas, na Casa do Lago
Depois de distribuir-se em pequenos grupos para “incendiar” todo o campus de Barão Geraldo, a Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU), completa, executa obras de Heitor Villa Lobos e Alexandre Schubert, compositor mineiro de 42 anos, às 19 horas, no Espaço Cultural Casa do Lago. A convidada para reger o concerto do Dia da Música é a maestrina Flávia Vieira, professora de regência, música de câmara e prática orquestral do Departamento de Artes da Universidade Federal do Mato Grosso. Denominado Performance IV, o concerto faz parte do Projeto Arte no Campus. De Alexandre Schubert serão executadas as obras Cidade das Minas e Sinfonia Festiva. De Villa-Lobos: Chorus 5 (Alma Brasileira e Orquestração).