Nuvohc faz 20 anos e mostra por que
voluntariado pode ajudar em tratamento
19/07/2012 - 15:10
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Na última festa julina do Núcleo de Voluntários do Hospital de Clínicas da Unicamp, a professora Sônia Nascimento reencontrou um jovem ao qual prestou os primeiros cuidados como voluntária, em 1992, quando ele era ainda um bebê. Ao relatar a satisfação de ver seu pequeno paciente gozando boa saúde, 20 anos depois da criação do Nuvoch, os olhos começam a marejar. “É gratificante receber o abraço das crianças que ajudamos a cuidar como voluntários”, declara. Uma das fundadoras do Novuhc, Sonia estava no grupo de voluntários que foram saudados nesta quinta-feira (19), no anfiteatro do Hospital de Clínicas da Unicamp, durante cerimônia de comemoração de 20 anos de criação do núcleo.
O núcleo nasceu da iniciativa de um grupo de amigas que procuraram o capelão do hospital, em 1992, para ajudar na garantia de um tratamento humanístico a crianças com HIV. “Na época, a Aids esta assolando, e acompanhamos a história de muitas famílias que vinham buscar tratamento no hospital”, relata Sônia. Até hoje, Sônia e suas amigas fazem parte do grupo de voluntários empenhados em garantir captação de recursos para viabilizar a assistência aos pacientes carentes atendidos pelo Serviço Social do Hospital de Clínicas da Unicamp, como suporte ao tratamento médico-social.
Apesar de cumprir outro compromisso no momento da cerimônia, o reitor da Unicamp, Fernando Costa, fez questão de participar da mesa de abertura para agradecer aos voluntários. às pessoas que se dedicam. “Fiz questão de estar aqui para agradecer a essas pessoas que se dedicam voluntariamente a apoiar o hospital.” Em sua opinião, o grupo contribui de maneira intensa e significativa como trabalho do HC e da população brasileira.
“Se podemos comemorar 20 anos, é por causa do trabelho que nos sensibiliza como seres humanos diante das necessidades e fragilidades do próximo”, disse a presidente do Nuvohc, Cláudia Nader.
O responsável pelo Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS), Edison Lins, comemora o fato de ter no Nuvohc as mãos voluntariosas de funcionários e aposentados do hospital. “Nós, do GGBS, temos orgulho de ser parceiros do núcleo em várias atividades”, relata. A dimensão do trabalho voluntário é confirmada, em sua opinião, nos números divulgados pelo núcleo: “Quase 11 mil doações e quase 100 mil pacientes atendidos. Temos de dar os parabéns e torcer para que daqui a 20 anos haja outra celebração como esta.”
Para a responsável pelo Serviço Social do HC, Maria Rita Fraga, os voluntários têm papel fundamental na garantia de um tratamento de excelência que os pacientes devem ter não por caridade ou benevolência, mas por direito.
O diretor da Faculdade de Ciências Médicas Mário Saad acentuou que a Universidade existe não somente para formar profissionais competentes, mas para formar cidadãos preocupados em ajudar a construir uma sociedade melhor. “Viemos aqui para reconhecer tudo o que o Nuvohc faz pela instituição, pelos pacientes e pela população”, enfatizou.
O superintendente do hospital, Manoel Barros Bertolo, o hospital, além do apoio da Universidade, conta apenas com financiamento do SUS, por isso o envolvimento de parceiros, como os voluntários, é muito importante para que pacientes tenham tratamento adequado, principalmente em casos em que o acompanhamento da família é importante para o paciente.