Cemarx realiza VII Colóquio
Internacional Marx Engels

24/07/2012 - 15:10

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Armando Boito Jr

Armando Boito Jr

João Quartim de Moraes

João Quartim de Moraes

Público presente ao Colóquio

Público presente ao Colóquio

Uma palestra ministrada pelo professor João Quartim de Moraes abriu na manhã desta terça-feira (24) o VII Colóquio Internacional Marx Engels, organizado pelo Centro de Estudos Marxistas (Cemarx), ligado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. O evento, que prosseguirá até a sexta-feira (27), reúne 240 trabalhos completos, além de pesquisadores, professores e estudantes de pós-graduação vindos de diversas universidades do Brasil e do exterior. “Estamos reunindo especialistas de diversas áreas das ciências humanas, o que comprova a importância do evento dentro do cenário brasileiro”, afirmou o diretor do Cemarx e um dos organizadores do colóquio, professor Armando Boito Jr.

Durante a fala de Quartim de Moraes, bem como de outros participantes do colóquio, foi destacado o “renascimento” do pensamento marxista. Armando Boito Jr. concorda com a afirmação. De acordo com ele, esse processo de renascimento da teoria marxista cumpriu duas fases.  “A primeira se situou fundamentalmente no campo das ideias. Isso ocorreu a partir do final da década de 1990, mais especificamente 1998, quando foram organizados eventos políticos e culturais em todo o mundo para comemorar os 150 anos do Manifesto do Partido Comunista. De lá para cá, foram criados centenas de centros de estudos marxistas em universidades da Europa, Estados Unidos e América Latina. Entretanto, a iniciativa ficou restrita à disputa de ideias e fortemente situada na academia”.

A segunda fase, acrescenta o docente da Unicamp, teve início com a forte crise do capitalismo, deflagrada em 2008. “Países como Espanha, Itália, Grécia, Irlanda, os mais afetados pela crise, registraram o ressurgimento de organizações e partidos que têm o marxismo como inspiração ou orientação e que defendem, a partir dessa teoria, um programa socialista. Então, penso que há, sim, um renascimento, embora diversas correntes tenham declarado, de forma equivocada, a morte do marxismo em quatro ou cinco oportunidades”, analisa. A programação do VII Colóquio Internacional Marx Engels pode ser conferida neste endereço.