Nesta sexta-feira (27), na sala do Conselho Universitário (Consu), ocorreu a cerimônia de premiação da segunda edição do Desafio Unicamp de inovação tecnológica, competição de modelo de negócios idealizada pela Agência de Inovação Inova Unicamp que tem por objetivo estimular a criação de empresas de base tecnológica a partir de tecnologias protegidas da Unicamp – patentes e programas de computador. O Desafio Unicamp teve como vencedora a equipe Gloriosos, formada pelos alunos Diego de Araújo, da Faculdade de Engenharia Agronômica, da UFSCar; Thierry Cintra Marcondes, da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp; Wellington de Souza Filho, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp; e Willian Humberto de Souza, da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp.

Ao longo da competição, a equipe trabalhou com a tecnologia intitulada “Sensor Ultra Sensível para Detecção de Combustíveis Adulterados”, proveniente do Instituto de Física da Unicamp, desenvolvida pelos pesquisadores Professor Cristiano Monteiro de Barros Cordeiro, Jonas Henrique Osório e Claudecir Ricardo Biazoli. Durante três meses, a equipe Gloriosos contou com o auxílio do mentor empresarial Alexandre Neves, presidente do grupo Unicamp Ventures. O suporte acadêmico foi concedido pelo doutorando da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Edgar Leonardo Martinez Arias.

O diretor executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp, Roberto Lotufo, e a diretora de propriedade intelectual e transferência de tecnologia da Inova Unicamp, Patricia Magalhães de Toledo, abriram a cerimônia. “Um dos objetivos do Desafio é ampliar as formas de transferir os resultados da pesquisa universitária para a sociedade, através da formação de novas empresas criadas especialmente para desenvolvê-los”, afirmou. Para Patricia, a Unicamp atualmente é conhecida não somente pelo destaque na proteção de sua propriedade intelectual, mas pela liderança que possui na transferência de tecnologia à sociedade nacional. “Com eventos como o Desafio Unicamp, no qual apoiamos a formação de profissionais excelentes e de líderes inovadores, continuamos firmando a nossa posição de destaque, levando o nome da universidade a todo o mundo”, afirmou.

De acordo com o professor Roberto Lotufo, um dos objetivos do Desafio é estimular que alunos criem empresas para levar a pesquisa da universidade à sociedade. “Não tenho dúvida que, nesse semestre, essa semente já foi plantada nas seis equipes finalistas. Ressalto que não basta ter apenas a ciência ou a pesquisa de qualidade e acreditar que esses fatores já resultam em inovação. Para conseguirmos a inovação, é preciso desenvolver a pesquisa e transformá-la em tecnologia comercialmente viável. Esse é um dos papeis do Desafio e que está sendo fortalecido a cada ano”, reforça.

Após o discurso das autoridades, iniciaram-se as apresentações das seis equipes finalistas: Drexler, Emmett Brown, Itaipu, Gloriosos, GR2 e Phenix. Cada representante teve o tempo de sete minutos para realizar suas apresentações, que destacavam o diferencial das tecnologias e seus respectivos potenciais de mercado. Para saber mais sobre as tecnologias finalistas, acesse o link.

As equipes foram avaliadas pela banca avaliadora, composta por Elisete Polansky, da P&G; Fábio Mattos Segre, da Embraer; Leonardo Garnica, da Natura; Kleber Teraoka, da Associação Campinas Startups; Guilherme Cruz, do grupo Unicamp Ventures; os docentes Antonio Batocchio e Ademir José Petenate; Patricia Magalhães de Toledo, da Inova Unicamp; José Paiva, investidor anjo; Ana Carolina Merighe, investidora do Conselho Anjos do Brasil; Alexandre Cravo, investidor da K&C Investimentos.

Ao final da cerimônia, houve a composição da mesa de autoridades da Unicamp, com a presença do reitor da Universidade, Fernando Ferreira Costa, bem como do professor Roberto Paes, pró-reitor de desenvolvimento universitário da Unicamp; professor João Frederico Costa Azevedo Meyer, pró-reitor de extensão e assuntos comunitários da Unicamp; professor Roberto Lotufo e Patricia Magalhães de Toledo. Em seguida, o coordenador técnico do Desafio Unicamp, Virgilio Marques do Santos, destacou os avanços obtidos na segunda edição da competição, bem como sua importância. “A realização dessa competição inovadora e inédita no país contribuiu diretamente na formação de alunos mais empreendedores, já que oferece o próprio empreendedorismo como uma opção diferenciada de carreira”, afirma. Já Beatriz Florence, analista de empreendedorismo da Inova Unicamp, falou sobre a importância do processo de mentoria ao longo dos quatro meses de competição. “Um dos diferenciais do Desafio Unicamp é a utilização das mentorias acadêmica e empresarial, que consiste em um trabalho voluntário. Ao longo da competição, os mentores compartilham com as equipes três ativos valiosos: tempo, conhecimento e rede de contatos. Com esse auxílio, as equipes possuem a chance de aumentar suas redes de contatos e aproveitar a experiência transmitida”, explica.

Em seguida, foram divulgadas as notas e colocações dos três melhores grupos. A equipe Emmett Brown ficou em terceiro lugar, somando 80,3 pontos; a equipe GR2 conquistou o segundo lugar, com um total de 80,6 pontos. E finalmente a equipe Gloriosos que conquistou o primeiro lugar com um total de 82,7 pontos. Este ano, a equipe vencedora recebeu R$ 3 mil por integrante; bolsa no exterior a um membro da equipe para o programa “Redemprendia novos empreendedores: aprendendo a empreender”, concedido pela Redemprendia; 1 iPad, concedido pela empresa LDSoft ; troféus e uma bolsa do curso Empretec para cada membro da equipe, oferecida pelo SEBRAE-SP. De acordo com o integrante Diego de Araújo, o Desafio foi uma experiência inspiradora aos Gloriosos: “Passamos quatro meses nos reunindo e nos empenhando para a competição e é extremamente gratificante conseguir essa recompensa”, afirmou. Segundo Thierry Marcondes, a equipe pretende dar continuidade ao projeto com o término do Desafio. “Passamos pela etapa do desenvolvimento do modelo de negócios e agora temos a missão de tirar a ideia do papel e transformá-la em um negócio rentável e real”, afirma.

O professor Fernando Costa realizou o encerramento da cerimônia e ressaltou a importância de eventos como o Desafio Unicamp no âmbito acadêmico. “Para a Unicamp, é uma satisfação muito grande ser sede de um trabalho como esse, tendo em vista que somos a única universidade do Brasil que realiza uma competição nesse formato. O estímulo fornecido pela Agência de Inovação Inova Unicamp é essencial para que os alunos apresentem propostas e soluções empreendedoras para pesquisas que os próprios docentes da Unicamp desenvolveram e transformaram em patente. Esse é um dos fatores que reafirmam a posição de excelência de nossa Universidade”, finaliza.