Empresa graduada da Incamp comercializa
tecnologia biométrica para caixas eletrônicos

14/08/2012 - 14:00

Iron Daher, da Griaule

A Griaule, empresa nacional incubada na Unicamp, desenvolveu, recentemente, uma tecnologia de identificação biométrica para caixas eletrônicos. Tal programa foi criado quando a empresa estava alocada na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp). Após o seu desenvolvimento e aprimoramento, a tecnologia foi licenciada para duas empresas. Com a parceria foram implantados softwares de apoio em 3.500 caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal. “Por possuir diversos benefícios sociais, a Caixa Federal disponibiliza seus serviços em todas as regiões do país e deverá implantar, gradativamente, a nova tecnologia em todos os caixas eletrônicos com o passar dos anos”, explica Iron Daher, presidente da Griaule. 

Para a utilização da identificação biométrica em caixas eletrônicos, são cadastrados os dados biográficos do cliente, as impressões digitais dos dez dedos e a fotografia do rosto. Os dados ficam armazenados no computador da Caixa. “Quando o cliente precisa realizar uma transação que requer autenticação biométrica, passa o cartão e pousa seu dedo em uma leitora biométrica; em seguida,  a impressão digital obtida no momento da transação é comparada com a impressão digital armazenada no banco de dados da Caixa. Caso a coincidência de características entre as impressões digitais comparadas seja aceitável, a transação é autorizada”, afirmou o banco, por meio de sua assessoria de imprensa. 

Além de diminuir o fluxo de clientes nas agências para trocas e desbloqueios de senhas, a tecnologia permite a eliminação de fraudes no cadastramento dos dados dos clientes e nos saques. Segundo a assessoria, o sistema ainda leva comodidade para os clientes, principalmente para os que possuem dificuldades com o uso de tecnologia e esquecem a senha com frequência.

Para Iron Daher, a incubação da Griaule na Incamp foi fundamental para o desenvolvimento da tecnologia e, consequentemente, o crescimento da empresa. “Éramos uma equipe entre quatro e cinco pessoas. Na época, não tínhamos muitos clientes, mas percebemos o potencial de mercado que a tecnologia da biometria englobava”, explicou. . “Além de termos um espaço físico dentro da Unicamp, o grande diferencial da incubação foi que pudemos ter acesso direto aos professores e alunos com alta capacitação da Unicamp. É possível criar programas de computador em qualquer lugar, mas é preciso capital intelectual, algo que a Unicamp comprovadamente possui”, completou. 

Segundo a diretora de propriedade intelectual e transferência de tecnologia da Agência de Inovação Inova Unicamp, Patricia Magalhães de Toledo, incubadoras de universidades, como a Incamp, são atores importantes de um ecossistema empreendedor, criando um ambiente propício para a evolução de empreendimentos nascentes de base tecnológica. “A Incamp é um ambiente que estimula o desenvolvimento de novas empresas de base tecnológica por meio da oferta de infraestrutura e de capacitação gerencial para novos empreendedores. Além disso, favorece a interação entre as empresas incubadas, os laboratórios e recursos humanos da Universidade e da rede de contatos e parceiros da Inova Unicamp” afirma.