Teboho Moja fala a respeito do
ensino superior na África do Sul

16/08/2012 - 08:50

A professora Teboho Moja

A África do Sul continua enfrentando grandes desafios para ampliar o acesso dos jovens ao seu sistema de ensino superior, particularmente os segmentos formados por negros e mulheres, que permaneceram excluídos das universidades por longo tempo. A afirmação é da sul-africana Teboho Moja, que atualmente é professora na Universidade de Nova York. A docente, que contribuiu para a reformulação do ensino superior do seu país durante o governo do presidente Nelson Mandela, participou na tarde desta quinta-feira (16) do projeto Conversando sobre a Graduação, uma iniciativa da Pró-Reitoria de Graduação (PRG) da Unicamp.

De acordo com Teboho Moja, mesmo depois da reforma, que introduziu ações para ampliar o acesso dos jovens ao ensino superior, aproximadamente 2,8 milhões de sul-africanos entre 18 e 24 seguem excluídos desse nível educacional. Eles constituem o que ficou conhecida como geração NEET (not education, employment or training), sigla que significa “sem educação, treinamento ou emprego”, em tradução livre. Atualmente, conforme a especialista, o governo vem discutindo a adoção de novos programas com o objetivo de conferir mais equidade à educação universitária e atribuir maior excelência às atividades de graduação e pós-graduação.

O projeto Conversando sobre a Graduação busca promover diálogos a respeito de temas relevantes para o desenvolvimento dos cursos de graduação da Unicamp, tais como: avaliação, composição do currículo, vetores, políticas públicas, entre outros. São convidados para ministrar palestras tanto especialistas brasileiros quanto estrangeiros. As conferências ocorrem em locais previamente divulgados. Os encontros são gravados e disponibilizados posteriormente na página do projeto.