Ministro da
Educação libera
provas da
Olimpíada em
História do Brasil

20/08/2012 - 17:10

Mercadante quer integrar as olimpíadas escolares

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, apertou na tarde desta segunda-feira (20) a tecla liberando as primeiras provas da 4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil, organizada pelo Museu Exploratório de Ciências (MC) da Unicamp e da qual participam 50 mil alunos do ensino fundamental e médio de 1.029 municípios brasileiros. “Queremos que pais e professores estimulem a participação dos estudantes nas olimpíadas da rede escolar. Serão 300 medalhas [nesta de História do Brasil], muitas associadas a bolsas para que eles sigam na iniciação científica, mestrado e doutorado. Temos descoberto grandes talentos, que talvez não tivessem uma porta precocemente aberta para o futuro”, disse o ministro.

Mercadante aproveitou o evento para anunciar que o Ministério da Educação está realizando um esforço para estimular e integrar as várias olimpíadas escolares, que hoje são 13 no país, com destaque para a de Matemática, que teve 19 milhões de participantes na última edição, e de Português, com sete milhões. “É um esforço de coordenação para compatibilizar as olimpíadas num calendário único, sem concorrência de datas entre elas, para que o estudante possa participar de mais de uma modalidade. Esperamos implantar este calendário a partir de 2013 e o sonho é que em 2016 [ano dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro] possamos promover a 1ª Olimpíada Internacional de Conhecimento da Juventude. A Paraolimpíada começou assim.”

Ao lado do ministro, o professor Marcelo Firer, diretor do Museu de Ciências da Unicamp e coordenador desta Olimpíada, informou que as provas foram elaboradas pela professora Cristina Meneguello e uma equipe de docentes e doutorandos. “O primeiro desafio foi realizar uma olimpíada de ciências humanas, em que a interpretação é parte de uma metodologia que tem nas fontes primárias um papel fundamental. Há uma coletânea muito rica de documentos, em cima dos quais foram elaboradas as questões.”

Segundo Firer, as respostas são de múltipla escolha, mas diferentemente do que ocorre em outras disciplinas, onde existe uma resposta correta e três erradas, em História do Brasil serão uma errada e três corretas, com diferentes níveis de acerto: uma descritiva, outra agregando o conhecimento de outras fontes e uma terceira que cria conhecimento a partir de documentos. “As equipes têm três alunos e um professor orientador, todas respondendo à mesma prova, dos dois últimos anos do ensino fundamental e do ensino médio. Os participantes não só podem como devem trocar informações e buscar outras fontes.”

Marcelo Firer acrescenta que a Olimpíada terá cinco fases on-line e uma fase presencial na Unicamp, esta no sábado dia 20 de outubro, com a premiação no domingo. “O engajamento dos alunos tem sido impressionante. No ano passado, ao longo das cinco semanas, eles fizeram mais de seis milhões de visitas a fontes de informação e estima-se que cada equipe, agora, vai dedicar quinze horas por semana ao cumprimento das tarefas. As provas, além da altíssima qualidade, são também bonitas e instigantes. Houve uma edição em que um professor correu para apartar uma briga entre alunos, quando percebeu que se tratava apenas de uma discussão acalorada sobre um texto de Sérgio Buarque de Hollanda. Esperamos que a Olimpíada deixe aos participantes esta paixão pelo estudo e conhecimento.”