Embaixador da Nova Zelândia pretende
fortalecer relações com a Unicamp
24/08/2012 - 16:00
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O embaixador da Nova Zelândia no Brasil, Jeffrey McAlister, esteve em Campinas nesta sexta-feira (24) para se encontrar com o reitor da Unicamp, professor Fernando Costa, numa das salas da Reitoria. Veio com um objetivo claro: estreitar relações com a instituição. Bastante jovem, Jeffrey, que fala fluentemente português, expôs-lhe algumas ideias que vem fomentando em relação à Universidade para que jovens neozelandeses venham estudar neste instituição e ampliar os seus conhecimentos sobre o Brasil.
Ele contou que avalia agora uma estratégia para que os alunos de ensino superior do seu país sejam estimulados a visitar a Unicamp que, pelo que observa, é um dos mais importantes pólos de ensino, inserido dentro da região de Campinas, um dos mais destacados pólos tecnológicos da nação.
Jeffrey disse que seria muito proveitoso que, juntamente com a possibilidade de estabelecer um intercâmbio de alunos, eles ainda conseguissem fazer estágio em algumas dessas empresas de alta tecnologia.
O coordenador de Relações Institucionais e Internacionais Alberto Luiz Serpa, articulador do encontro, sinalizou que, da parte da Universidade, isso seria até possível, mas demandaria uma avaliação do empregador, já que o visto de aluno não encontra correspondente com o visto de trabalho. “E de fato temos na região de Campinas uma grande concentração de indústrias, mais recentemente do ramo automobilístico e grandes montadoras, além de empresas de ponta”, reforçou.
O embaixador já esteve na Universidade no ano passado, quando fez alguns contatos com duas faculdades: a de Engenharia de Alimentos (FEA) e a de Engenharia Agrícola. A ideia atual é estreitar laços e sondar outras áreas.
O professor Guido Costa Souza de Araújo, coordenador na Unicamp do Programa Ciência sem Fronteiras, iniciativa de grande interesse da Embaixada da Nova Zelândia, informou que muitos alunos brasileiros têm investido numa experiência internacional através desse programa. “Temos no momento 190 alunos alocados fora do país por esse mecanismo”, contou. “E a expectativa é que na próxima chamada haja pelos menos 700 inscrições”.
"Não temos uma relação muito próxima com o Brasil, nem muitos brasileiros na Nova Zelândia. Por isso pretendemos aumentar as cooperações, sobretudo com estudantes que cursam nível superior", salientou Jeffrey. O reitor da Unicamp informou que a Universidade tem interesse em intercâmbios de pós-graduandos, pós-doutorandos e professores, "mas também pretendemos receber estudantes", assinalou. Nos próximos meses, quatro workshops para discutir áreas de interesse já estão agendados, conta Serpa.
Na segunda parte da reunião, Jeffrey conversou com o pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, Ronaldo Aloise Pilli, para investigar parcerias na área de pesquisa. O professor Thomas Patrick Dwyer, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), que é neozelandês, também participou da reunião.
Comentários
Nossa visibilidade na Nova Zelândia
Sou egresso da FEA, turma 94, noturno. Acho ótimo esse intercâmbio, porque somos quase desconhecidos na Nova Zelândia. Uma vez estive numa biblioteca pública de Hokitika e não encontrei nenhum livro sobre o Brasil, embora houvesse vários sobre os demais países da América Latina.