Brasil precisa inovar mais,
defende dirigente do CNPq

24/09/2012 - 16:50

Guilherme Sales Melo, do CNPq

O Brasil tem avançado em relação aos indicadores relacionados à produção científica, mas ainda enfrenta o desafio de transformar o conhecimento que gera em inovação. A análise foi feita na tarde desta segunda-feira (24) por Guilherme Sales Melo, diretor de Engenharias, Ciências Exatas e Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Segundo ele, o país ocupa a 13ª posição no ranking da produção científica no mundo, mas o 47º lugar entre as nações inovadoras. Melo esteve na Unicamp para participar do evento “Reunião Científica de Pós-graduação”, promovido pelo Departamento de Recursos Hídricos da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo.

Durante sua palestra, o diretor do CNPq relacionou os diversos programas e iniciativas desenvolvidos pelo órgão com o objetivo de fomentar a pesquisa e o desenvolvimento no país. De acordo com ele, muita coisa tem sido executada, mas ainda há muito que se fazer para tornar o país mais inovador e consequentemente mais competitivo no cenário internacional. Um dos gargalos existentes, admitiu, é a limitação de recursos. “O Brasil investe 1,2% do PIB em P&D, enquanto os Estados Unidos investem 2,79 e o Japão, 3,44”, comparou.

Não por acaso, prosseguiu, o déficit comercial brasileiro em alguns setores é muito grande, devido à nossa dependência tecnológica. Entre eles estão o farmacêutico, o de equipamentos de rádio, TV e comunicação e o de instrumentos médicos. Na sua fala, Melo também destacou o bom trabalho realizado pela Unicamp tanto na formação de recursos humanos qualificados, quanto no estímulo à inovação. “Muitas empresas de base tecnológica foram fundadas por ex-alunos da Universidade”, lembrou.