A Unicamp subiu no ranking da revista , a mais importante avaliação de universidades do mundo, e agora está listada entre a 251ª e a 275ª posições (após a 200ª colocação, as instituições são reunidas em grupos de 25). No ranking do ano passado, a Universidade estava no bloco posterior, que vai da 276ª à 300ª posição. Entre as instituições brasileiras, apenas a USP também aparece no ranking, ocupando a 158ª posição. As duas universidades lideram a lista na América Latina. “Recebemos o resultado do THE com bastante alegria. Já era esperado. Em parte reflete nossa vocação para pesquisa e ensino”, destaca Ronaldo Pilli, pró-reitor de Pesquisa da Unicamp.
"Essa tendência já havia sido detectada nos rankings da QS (Quacquarelli Symonds) e no de Shangai", disse o coordenador geral da Universidade, Edgard Salvadori De Decca. Em junho desse ano, a Unicamp foi apontada como a 3ª melhor universidade da América Latina pelo ranking da QS, grupo britânico responsável Top Universities. Além da Unicamp, outras duas universidades brasileiras figuram no topo da lista. A USP aparece em 1º lugar e a UFRJ em 9º. Na 2ª posição está a Pontifícia Universidade Católica do Chile.
De Decca atribui o salto da Unicamp a vários fatores, desde informações mais completas fornecidas aos rankings ao melhor desempenho em pesquisa e número de citações por docente. “Outro fator de enorme impacto é a visibilidade das universidades e programas de intercâmbios do Brasil no cenário internacional”, destaca. “Para termos uma ideia desse impacto, a Universidade de Coimbra recebeu no início deste semestre mais de mil estudantes brasileiros do programa Ciência sem Fronteiras”. Segundo ele, a visibilidade da universidade no cenário europeu também aumenta na mesma proporção do aprofundamento da crise que atinge a Europa. “Sem dúvida, as universidades brasileiras se tornaram parceiras estratégicas na definição dos projetos científicos de cooperação da União Européia e também em contextos não europeus, como os Estados Unidos”.
"O crescimento do Brasil é extraordinário e deve ser celebrado", diz Phil Baty, diretor da THE, em entrevista à revista Veja. Baty ressalva, porém, que é preciso mais ambição por parte das escolas brasileiras. "Para um país como o Brasil, os resultados ainda são bastante tímidos." No topo do ranking, pelo segundo ano consecutivo, está o Instituto de Tecnologia da Califórnia (CalTech), dos Estados Unidos, seguido pelas universidades Oxford (Grã-Bretanha) e Stanford (EUA), empatadas na segunda colocação. Harvard aparece em quarto e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) finaliza o pódio ocupando a quinta colocação.
Em maio, o THE divulgou o ranking das 100 melhores universidades do mundo com menos de 50 anos, no qual a Unicamp aparece em 44º lugar. Na mesma época, a Quacquarelli Symonds (QS) também elaborou um levantamento apontando as 50 melhores universidades do mundo com menos de 50 anos. Nessa lista, a Unicamp aparece em 22º lugar. Os dois rankings adotam critérios diferentes. Enquanto no THE a pesquisa tem peso maior, na QS conta mais a reputação de uma universidade no meio acadêmico mundial (Leia mais no Jornal da Unicamp).