Dominique Kalifa fala no IEL sobre
imprensa da França no século 19

11/10/2012 - 15:50

O historiador francês Dominique Kalifa, docente da Universidade Paris 1

O historiador francês Dominique Kalifa, docente da Universidade Paris 1 (Panthéon-Sorbonne), esteve na manhã de quinta-feira (11) no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp. Em sua primeira visita à Universidade, o especialista em imprensa, cultura de massa e narrativas de crime, proferiu palestra aos pós-graduandos do IEL. 

Kalifa falou sobre os principais aspectos do livro "Réécrire l'histoire du journal au XIXe siècle", que trata da imprensa francesa do século 19. A obra foi lançada pelo historiador este ano e é resultado de dez anos do trabalho coletivo de especialistas da história e da literatura.  “O nosso desejo foi pensar de uma maneira diferente a imprensa francesa no século 19. Queríamos entender como o jornal afetou o conjunto da sociedade francesa a partir do seu surgimento enquanto veículo de massa”, resume Dominique Kalifa. 

A vinda do especialista francês insere-se no âmbito de projeto temático “A circulação transatlântica dos impressos e a globalização da cultura no século XIX”, coordenado pela professora Márcia Azevedo de Abreu do IEL. O projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).  “O historiador Dominique Kalifa é um dos grandes especialistas nesta área. Ele faz parte de um grupo de pesquisadores que pensa a imprensa do século 19 já como um produto midiático”, explica a pós-graduanda Ana Porto, uma das organizadoras do evento.

De acordo com ela, o projeto temático pretende conhecer melhor os impressos e as ideias em circulação entre Inglaterra, França, Portugal e Brasil, ao longo do século XIX. As pesquisas desenvolvidas neste contexto buscam identificar e analisar as práticas culturais inerentes aos processos de circulação dos impressos e ideias em escala transnacional, analisando, por exemplo, as apropriações dessas ideias nos quatro países, por meio da observação dos escritos e das ações dos letrados, bem como das atividades de censores, editores, impressores e livreiros, em escala transnacional.