Unicamp celebra 20 anos
de Iniciação Científica

24/10/2012 - 17:50

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Glaucius Oliva concede a palestra de abertura

Glaucius Oliva concede a palestra de abertura

Um total de 1.465 trabalhos expostos

Um total de 1.465 trabalhos expostos

Glaucius Oliva, Fernando Costa, Marcelo Knobel e Ronaldo Pilli

Glaucius Oliva, Fernando Costa, Marcelo Knobel e Ronaldo Pilli

A Unicamp está celebrando 20 anos do Congresso Interno de Iniciação Científica com um número crescente de trabalhos apresentados, o que coloca o programa da Universidade entre os mais bem-sucedidos do país. A cerimônia de abertura do evento, que é organizado pelas Pró-Reitorias de Pesquisa e de Graduação, foi realizada na tarde desta quarta-feira, com a presença de autoridades e uma palestra do presidente do CNPq, Glaucius Oliva. A exposição com 1.465 trabalhos (contra 1.300 em 2011) fica aberta até sexta-feira no Ginásio da Faculdade de Educação Física (FEF). “A quantidade de trabalhos mostra a pujança do programa, sendo que este ano o evento torna-se ainda mais importante com a participação de alunos do ensino médio e do ProFis”, ressaltou o reitor Fernando Costa, referindo-se aos bolsistas do Programa de Iniciação Científica Jr. (PICJr) e do Programa de Formação Interdisciplinar Superior.

Em sua palestra, o professor Glaucius Oliva apresentou números do CNPq sobre a pesquisa no Brasil e incentivou os estudantes a mudarem o panorama científico nacional, participando de pesquisa e desenvolvimento também nas empresas públicas e privadas. “Temos uma grande maioria de doutores empregados no ensino superior e pouquíssimos empregados na indústria: este é o grande desafio de vocês jovens. Nação rica se faz transformando o conhecimento em riqueza. O desafio da minha geração foi o de estabelecer a ciência no país. E o da nova geração é maior: precisamos avançar em relação ao impacto da ciência na sociedade – na indústria, nas políticas públicas, na nossa vida cotidiana”.

O professor Ronaldo Aloise Pilli, que preside o comitê organizador do 20º Congresso Interno de Iniciação Científica, disse que a inclusão de trabalhos de alunos de ensino médio e de bolsistas do ProFis é uma maneira de integrar as diferentes ações da Unicamp visando à inclusão de estudantes de escolas públicas. “São 300 trabalhos de alunos do PICJr e 90 do ProFis, além daqueles produzidos por alunos regulares da graduação. Tudo isso reflete o esforço da Universidade e de seus professores para aumentar o número de bolsas. Este é um momento de celebrar os 20 anos de um programa bem-sucedido. É deste celeiro de jovens que surgirão as lideranças futuras das quais o país vai depender para transformar conhecimento básico tecnologia e inovação”.

Para o professor Mario Fernando de Goes, assessor da PRP e um dos organizadores do Congresso, a principal novidade desta edição é realmente a presença de alunos do ensino médio e do ProFis, também com bolsas do CNPq e seguindo as mesmas regras para apresentação de trabalhos. “A ideia sempre foi esta: trazer o aluno de ensino médio para trabalhar junto com os professores dentro do laboratório, dando a ele condições para galgar à Universidade sem passar pelo vestibular, apenas por seu próprio mérito. Também devemos comemorar os 20 anos de iniciação científica, que alavanca as pesquisas desenvolvidas na Unicamp e influiu diretamente para o aumento de 18% do número de trabalhos publicados nos últimos anos.”

Na tarde do primeiro dia, o público pôde conhecer os trabalhos das áreas de Exatas e Humanas (536 painéis). Na quinta-feira  será a vez dos trabalhos de Artes e Biológicas (516) e, no último dia, da área de Tecnológicas (413).

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