Estudo da produção cinematográfica
sobre ditadura vence concurso nacional
29/10/2012 - 15:06
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O inventário da produção cinematográfica nacional sobre os anos de chumbo rendeu à socióloga Caroline Gomes Leme o prêmio de melhor dissertação de mestrado no Concurso Brasileiro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs). O estudo de Caroline Leme foi defendido ano passado junto ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. Ela foi orientada pelo docente Marcelo Siqueira Ridenti.
A premiação foi entregue no 36º encontro anual da Anpocs, realizado entre 21 e 24 de outubro na cidade de Águas de Lindóia (SP). A dissertação da pesquisadora da Unicamp concorreu com outros 100 trabalhos na área. "Fiquei imensamente honrada e feliz com o prêmio. Foi também uma grande surpresa, já que o cinema não é ainda um objeto de pesquisa consolidado nas ciências sociais”, considerou Caroline Leme.
No estudo, ela procurou reinterpretar o passado a partir do exame de 74 longas-metragens nacionais sobre a ditadura militar, vigente no país entre os anos de 1964 a 1985. Cinco obras foram analisadas minuciosamente por ela: Nunca fomos tão felizes (1984), de Murilo Salles; Corpo em delito (1990), de Nuno Cesar Abreu; Ação entre amigos (1998), de Beto Brant; A terceira morte de Joaquim Bolívar (2000), de Flávio Cândido; e Zuzu Angel (2006), de Sérgio Rezende. (leia mais sobre o tema).
“Acredito que meu trabalho, ao lado de outros na área, tenha contribuído para que o cinema seja visto como uma fonte legítima para o conhecimento da sociedade e espero que contribua para se compreender o processo social de construção de significados sobre o regime militar no Brasil. Agradeço à Anpocs pela premiação, ao CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Científico] e Fapesp [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo] pelo financiamento e ao professor Marcelo Ridenti pela orientação primorosa", retribui a pesquisadora, que, no momento, investiga o cinema no Estado de São Paulo para o seu estudo de doutorado.
Menção Honrosa
O também sociólogo e pesquisador da Unicamp Mário Augusto Medeiros da Silva recebeu menção honrosa para a tese de doutorado A descoberta do insólito: literatura negra e literatura periférica no Brasil (1960-2000) defendida ano passado junto ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia do IFCH. A investigação foi orientada pela docente Élíde Rugai Bastos. (veja os outros ganhadores)
Anpocs
A Anpocs foi criada em 1977 com o objetivo de aglutinar e representar centros de pesquisa e programas de pós-graduação que atuam no campo das ciências sociais. Atualmente, a entidade possui mais de 100 instituições filiadas.
Comentários
Congratulações!!!!!!
UMA SATISFAÇÃO MUITO GRANDE!!!!!! UM ORGULHO DE EXPLODIR O EGO!!!!parabéns!!!! SE LEMBRA DO FILME CARUAGEM DE FOGO!!!!