Ciclo Básico sedia aula magistral e
oportunidades de estudos na Itália

07/11/2012 - 15:20

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José Martins Filho

José Martins Filho

Martins fala sobre a criança terceirizada

Martins fala sobre a criança terceirizada

Grupo Scafandro

Grupo Scafandro

Grupo Scafandro

Grupo Scafandro

Alunos interessados na Itália

Alunos interessados na Itália

Alunos interessados na Itália

Alunos interessados na Itália

Público interessado em intercâmbio

Público interessado em intercâmbio

Ciclo Básico na hora do almoço

Ciclo Básico na hora do almoço

Enviadas italianas em reunião

Enviadas italianas em reunião

Pausa para o almoço dos estudantes. Salas de aulas vazias, não o Ciclo Básico 1. O grupo Scafandro reuniu seus músicos para mais uma ação cultural do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE). O evento chamou muitos alunos e curiosos, como que fazendo um preâmbulo para o que viria a seguir.

Dentro das salas do CB1, o horário entre 12h30 e 13 horas foi bastante disputado. Na sala CB-5, o pediatra José Martins Filho abordava o tema “A criança terceirizada”. No piso superior, na sala CB-8, estudantes se acotovelam para saber mais informações sobre as oportunidades de estudo na Itália. Públicos distintos para palestras distintas. O ponto em comum? Os jovens e o seu amplo interesse que vai dos estudos às atividades culturais.

Martins Filho, ex-reitor da Unicamp e docente da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), foi o convidado do projeto Aulas Magistrais, da Pró-Reitoria de Graduação (PRG). Fez uma contextualização, como pediatra e pai, sobre o descaso com que a criança vem sendo tratada na atualidade.

Os pais, segundo ele, estão delegando os cuidados dos seus filhos ora para a escola, ora para os familiares ou ora ainda para conhecidos. A esse assunto ele chamou A Criança Terceirizada, nome que deu inclusive origem a um livro que ele publicou há poucos anos.

De acordo com o pediatra, os três primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento das crianças, assim como a relação com a mãe principalmente nos oito primeiros meses de vida. “Há trabalhos da área de Neurologia hoje que trazem luz a um conceito antigo ligado aos sentimentos. A criança que recebe maus-tratos mata cerebralmente algumas estruturas responsáveis pelo desenvolvimento da personalidade”, recordou.

Martins Filho comentou que a sociedade hodierna sofreu algumas alterações e que, pelo imediatismo que exerce nas pessoas, dificilmente existe um tempo maior para os filhos, seja para contar estórias, para passear e mesmo somente para conversar. “Os nossos filhos estão sendo educados pela televisão. O que esperar dessas crianças que são o futuro da humanidade?

O médico aproveitou para enfatizar a importância das reflexões sobre a problemática do desaparecimento dos conceitos e valores sociais contemporaneamente, bem como a quebra dos vínculos afetivos. Na aula magistral, Martins Filho avaliou o relacionamento familiar, sobretudo entre pais e filhos. Em sua opinião, a criança não é um ser solitário. "Há pais que justificam suas atitudes dizendo que dão qualidade e não quantidade de tempo", afirmou Martins Filho, ao que ele contestou: "Os filhos precisam de tempo sim".


Itália

A coordenadora do Programa Ciências sem Fronteiras na Itália, Giovanna Filippini, esteve nesta quarta-feira (7) na Unicamp em busca de acordos para intercâmbio de estudantes e pesquisadores. Ela é chefe de relações internacionais da Universidade de Bologna. Veio acompanhada de Maura Pazzi, da mesma instituição, e de Alessandra Gallerano, da Universidade de Roma La Sapienza. Pela manhã, elas se reuniram com o docente José Pissolato Filho, membro da Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori) da Unicamp. Os professores Guido Costa Souza de Araújo, coordenador na Unicamp do Ciência Sem Fronteiras (CsF), e Francisco Foot Hardman, do Instituto de Estudos da Linguagem (IEl), também participaram do encontro.

Por que estudar na Itália? Essa pergunta foi respondida por Giovanna e pela comitiva que a acompanhou durante palestra organizada pela Cori e coordenação do Programa Ciência sem Fronteiras. Segundo informações passadas aos estudantes, são boas as chances de estudar naquele país, oferecidas por 11 institutos de ensino superior, todos públicos. Estão sendo ofertadas 2.411 vagas em alguns desses institutos para estudantes de graduação, candidatos a um programa de doutorado sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado. As áreas prioritárias são as engenharias, a área de saúde e meio ambiente. O próximo edital sai por volta do dia 20 de novembro, que ficará aberto até janeiro de 2013. Mais informações por e-mail. Visite o site da Cori.

O Programa Ciência sem Fronteiras, coordenado em âmbito nacional pelo governo federal, conta com a adesão do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália e de 11 universidades e centros daquele país: as Universidades de Bologna, Florença, Milano, Padova, Pisa, Sapienza de Rome, Roma Tor Vergata, Roma Tre, Trento e os centros politécnicos de Milano e Torino. Destas, de acordo com a Cori, apenas quatro não possuem, no momento, acordos com a Unicamp: a universidades de Padova, Roma Tor Vergato, Roma Tre e Trento. A visita objetivou, justamente, estreitar os laços para convênios com estas instituições.