Murilo, 10 anos, estava muito feliz em uma das quadras da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp na manhã deste sábado, dia 24. Corintiano como o pai Odair, que trabalha no Hospital de Clínicas (HC), corria atrás de uma bola na quadra de salão. Mostrou habilidade e até arranjou tempo para 'pegar' um pouco no gol, quando tirou o colete verde que deu destaque à camisa de listras pretas e brancas. Odair confessou gostar da iniciativa do 2º Dia da Integração, evento que movimentou uma manhã diferente no campus, organizado pelo Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS) da Unicamp. Quando traz Murilo ao campus para jogar bola, o técnico em enfermagem não deixa de orientar o filho ao lado da quadra.

Por conta de filhos na quadra e pais ao seu redor, era grande a movimentação para os jogos de futebol de salão e para as outras 14 atividades previstas até 13 horas na FEF. Nem a chuva bem leve que caiu por volta das 10 horas tirou o ânimo de quem estava nas quadras esperando a vez para jogar. Edison Cardoso Lins, coordenador do GGBS, fez questão de pegar o microfone no palco instalado entre as quadras e falar que com ou sem chuva as atividades prosseguiriam (e nada de chuva até 13 horas, para alívio geral). Algumas foram realizadas em locais fechados, sem preocupação com o tempo. Pelo palco passariam ainda os grupos Canto de Saracura, com músicas ligadas ao samba paulista e Trem dos 11, de Belo Horizonte, que tem à sua frente Eduardo Gontijo, 21 anos, que usa o trabalho musical como condição de recuperação do problema que tem, a Síndrome de Down.

Taluana, bancária, era uma mãe que prestava muita atenção aos saltos do filho Artur, dois anos e meio, na cama elástica. "Viemos aproveitar o espaço e mudar a rotina", revelou. O marido de Taluana, Renato, trabalha no  Hospital da Mulher Professor Doutor José Aristodemo Pinotti, o Caism. Outra que percorria as atividades do 2º Dia da Integração era Ana Montagner, funcionária da Coordenadoria Geral da Universidade, a CGU. Ana não veio especificamente para praticar esporte. "Vim para ver como estava a Universidade no sábado", revelou.

A movimentação no campus fora do expediente dos dias da semana é uma preocupação do reitor Fernando Costa. Acompanhado da esposa Sandra, passou pelas diversas atividades. Costuma vir ao campus com regularidades para as atividades do Música no Campus, que acontecem no gramado do Instituto de Biologia - o próximo evento será realizado no dia 1 de dezembro. "É importante para a comunidade da Unicamp conviver com a família e ver onde o pai trabalha num dia como este", destacou. Costa acha importante que a atividade seja regular, como acontecem em universidades dos Estados Unidos e da Europa. Além disso é importante, segundo ele, que a comunidade de Barão Geraldo, onde está localizado o campus principal da Unicamp, participe de dias de intergração, como o deste sábado e o Música no Campus, entre outros.

Edson Lins estava feliz pela segunda edição do Dia da Integração. Contou que pelo menos 20 pessoas trabalhavam entre as atrações programadas. Lembrou que uma das missões do GGBS é a aproximação da família do ambiente de trabalho de pai e mãe. Para isso o 2º Dia da Integração teve custos de 10 mil reais, já previstos no orçamento do órgão que dirige. Avalia que a segunda edição do Dia da Integração tenha pelo menos os dois mil participantes da primeira.