Duo sensibiliza público com repertório de
Cartola em abertura do 'Funciona a Arte?'

11/12/2012 - 13:16

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Marcelo Pio e os números de mágica

Marcelo Pio e os números de mágica

Josias Jacinto do Prado

Josias Jacinto do Prado

Lygia Eluf

Lygia Eluf

Público presente ao Funciona a Arte

Público presente ao Funciona a Arte

Público presente ao Funciona a Arte

Público presente ao Funciona a Arte

Amanda Gonsales (canto) e Denis Sartorato (violão)

Amanda Gonsales (canto) e Denis Sartorato (violão)

Fotos em exposição no Funciona a Arte

Fotos em exposição no Funciona a Arte

Não é de hoje que o repertório de Seu Angenor de Oliveira (Cartola), quando bem interpretado, faz marejar os olhos de algumas pessoas da plateia. Há 32 anos de sua morte, nesta terça-feira, canções como  Cordas de Aço, Basta não somente voltaram a remexer lembranças, como também ajudaram a despertar admiração pelos intérpretes Amanda Gonsales (canto) e Denis Sartorato (violão), alunos do curso de música popular do Instituto de Artes da Unicamp. O duo foi convidado para a abrir o evento “Funciona a Arte?”, que acontece até as 19h30, na Galeria de Arte da Unicamp.

Durante todo o dia, funcionários da Universidade revelam seus dotes artísticos no espaço da Galeria. Depois de chorar com a interpretação do duo para Cartola, o funcionário do Instituto de Artes, Josias Jacinto do Prado, pôde, depois de 24 anos de trajetória na Unicamp, declamar poemas de sua autoria ao público que não para de circular pelo espaço. “O concerto deles é maravilhoso. A dupla é fantástica. Eles são muito doces e intensificam a chama de Cartola, que nunca se apaga. Ver a juventude de hoje interpretando suas canções é um privilégio. Quem canta Cartola é o fino do fino”, diz o funcionário poeta e também advogado.

Fã da cantora e professora de música Ciça Baradel desde que ela estudava na Universidade, ele agradece Lygia Eluf e a equipe da Galeria pela oportunidade de mostrar seu repertório, declamando no palco da Galeria. “É uma oportunidade rara. Os funcionários nem sempre são valorizados. Há muitos anos tento publicar meu livro e não consigo. A Lygia é uma pessoa perspicaz, com ideias inovadoras, enxerga adiante”, acrescenta.

Prado dedica-se à poesia desde os 10 anos de idade. Algumas premiações o enchem de orgulho, como o primeiro lugar num concurso de redações de natal do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS). Ele também foi primeiro colocado com a frase “Não é um gesto de amor, mas uma ação de vida. Que nossa vida se divida em vidas” para a campanha de doadores do Hemocentro de Campinas. A frase “O preconceito custa uma vida. Um abraço não custa nada” também é de sua autoria.

A sensibilidade deve circular ainda pela Galeria nesta terça-feira, com o Escambo de Fotografias, atividade na qual uma pessoa expõe sua foto e escolhe outra exposta no painel e outras atividades programadas para o período da tarde. Às 19h30, o evento será encerrado com a apresentação do Coral Zíper na Boca, com regência de Vivian Nogueira.

Para a coordenadora Lygia Eluf, o evento ajuda a atrair pessoas que geralmente imaginam que não podem entrar na Galeria. “Este espaço é para a comunidade da Unicamp. Ideia é fazer com que pessoas entendam isso. Quando perguntamos ‘a arte funciona na Universidade?’ queremos saber se essa produção artística de fato se reflete em toda a comunidade e se ela aprende com tudo isso.