Unicamp e Embrapa firmam
acordo na área de genômica
20/12/2012 - 16:57
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A Unicamp e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) firmaram na tarde desta quinta-feira (20) acordo de cooperação para a realização de pesquisas voltadas à geração de tecnologias genéticas e biotecnológicas para aplicação no desenvolvimento de plantas com melhor adaptação às mudanças climáticas. A cerimônia de assinatura do convênio ocorreu na sala do Conselho Universitário (Consu) e contou com as presenças do reitor Fernando Ferreira Costa e do presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes. Também compuseram a mesa de autoridades o pró-reitor de Pesquisa da Universidade, Ronaldo Aloise Pilli, o professor do Instituto de Biologia (IB-Unicamp), Paulo Arruda, e o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Martin Neto.
De acordo com o presidente da Embrapa, a formalização do acordo aprofunda as relações entre a empresa e a Unicamp e abre perspectiva para o estabelecimento de um modelo diferenciado de colaboração entre as duas partes. “Os desafios que se apresentam na área agricultura são complexos. Temos que enfrentar a questão do estresse hídrico, térmico e nutricional causado pelo aquecimento global, que afeta diretamente as plantas. Ao mesmo tempo, temos que prover alimentos para uma população crescente. Esses problemas são maiores do que qualquer instituição, isoladamente, pode resolver. É por isso que buscamos a união de competências com a Unicamp, que tem larga tradição em pesquisas com esses temas”, afirmou Lopes.
Ele disse que uma das consequências do convênio será a construção de um laboratório denominado Unidade Mista de Pesquisa em Genômica Aplicada a Mudanças Climáticas (Umip GenClima), que ocupará uma área no Parque Científico da Unicamp. Esta será a primeira unidade mista de pesquisa envolvendo uma instituição acadêmica numa universidade brasileira. “Não vamos esperar pela implantação do laboratório para iniciar os trabalhos. Eles começarão imediatamente, pois vamos utilizar a infraestrutura e o ferramental já disponíveis tanto na Embrapa quanto na Unicamp”, avisou Lopes, que considerou que a experiência poderá servir de modelo para outras instituições.
Conforme o reitor Fernando Costa, a participação da Universidade nesse projeto de cooperação é muito importante. Ele lembrou que a Unicamp tem larga tradição no desenvolvimento de pesquisas em genética e biotecnologia, bem como no trabalho conjunto com órgãos governamentais e empresas públicas e privadas. “Um ponto importante dessa parceria é o fato de os nossos alunos de graduação e pós-graduação poderem participar do desenvolvimento de pesquisas e de possíveis avanços tecnológicos. Isso sem dúvida alguma enriquecerá a formação deles”, considerou.
O professor Paulo Arruda, que responde pela coordenação da Umip GenClima, ratificou que, a despeito de a unidade ainda não existir fisicamente, as pesquisas terão início imediatamente. Ele reconheceu que os desafios apresentados à agropecuária brasileira pelo fenômeno das mudanças climáticas não são triviais, mas salientou que tanto Unicamp quanto Embrapa têm competência suficiente para buscar soluções inovadoras para os problemas que se apresentam. “Os desafios são grandes, mas tenho certeza de que, com esta interação entre Unicamp e Embrapa, poderemos vencê-los”.
Comentários
Intercâmbio Pesquisa Genômica
Gostaria de parabenizar pelo estabelecimento mencionado de intercâmbio de pesquisa, que é peça fundamental para a produção de cultivos