Estudantes contam como
souberam da aprovação

04/02/2013 - 15:30

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Thomas Garboggini Moretti: vaga na Medicina

Thomas Garboggini Moretti: vaga na Medicina

Luiz André Mazzariol: futuro engenheiro mecânico

Luiz André Mazzariol: futuro engenheiro mecânico

Alguns foram acordados pelos pais, amigos e namorados com a boa notícia. Outros já estavam conectados à internet esperando, ansiosos, pela divulgação da lista de convocados. Independentemente da forma como ficaram sabendo da aprovação no Vestibular da Unicamp, os futuros alunos da Universidade tiraram esta segunda-feira (4) para comemorar a conquista. “Acordei por volta das 10 horas e já entrei na página da Comvest [Comissão Permanente para os Vestibulares]. Assim que vi que tinha sido aprovado, telefonei para minha mãe para fazer uma surpresa”, conta Luiz André Camargo Mazzariol, que integrará a turma do curso de Engenharia Mecânica. Depois da ligação, ambos foram almoçar para dar seguimento à celebração.

Quem também estava ligado na internet era Breno Salles Guazzone, aprovado em Medicina para a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), cuja seleção é feita pelo Vestibular da Unicamp. Ao lado da namorada, ele esperava, com apreensão, a publicação da lista de aprovados. “Nós atualizávamos a página da Comvest a cada cinco minutos. Ainda bem que a relação foi publicada bem antes das 14 horas. Assim, o sofrimento foi abreviado. Fiquei muito feliz”, diz.

Mesmo satisfeito com a aprovação, o jovem revela que ainda espera ser incluído na segunda chamada de Medicina da Unicamp, sua escola de preferência. “Como moro em Barão Geraldo [distrito de Campinas onde está localizada a Universidade], minha vida seria facilitada”, considera. Breno iniciou as comemorações pela aprovação – é a terceira vez que ele tentava a carreira – com um almoço em família. “Depois, vou continuar comemorando com os amigos”, avisa.

Menor ansiedade sentiu Thales Correia de Lima, que estava dormindo quando a lista de aprovados foi divulgada. Coube ao pai, o jornalista Wilson Lima, dar a boa notícia ao rapaz, que optou pelo curso de Biologia. “Ele me acordou, mas não abriu o sorriso logo de cara. Ele soube esconder bem. Depois, me abraçou e disse que eu tinha sido aprovado. Estou muito feliz. A ficha ainda não caiu direito”, relata o rapaz, que gosta especialmente da área de Botânica. “Sempre quis estudar na Unicamp. Fui visitar o Instituto de Biologia e me identifiquei com a unidade. Agora, é comemorar com os amigos e providenciar a matrícula”.

Carolina Bonomi, aprovada no Curso de Ciências Sociais, não somente está feliz com a conquista, como já tem planos muito concretos para a sua trajetória na Unicamp. Ela afirma que deverá focar os estudos na área da Antropologia e que pretende desenvolver pesquisas junto ao Núcleo de Estudos de Gênero (Pagu), com vistas a um futuro mestrado. “Por enquanto, porém, quero mesmo é comemorar. É uma grande conquista para mim”, define.

A estudante Livia Ferreira Velho Rodrigues teve uma dupla surpresa ao acessar, nesta segunda-feira, o Portal da Unicamp. É que a foto publicada na página inicial da Universidade, que remetia ao link com a relação dos aprovados, era dela. A imagem foi feita durante a realização da prova da primeira fase do Vestibular, em uma classe da Unip. Em seguida, a jovem constatou que havia obtido uma vaga para Economia. “Estou aliviada e feliz. Queria muito cursar Economia na Unicamp. Agora, vou para o cursinho para comemorar com os outros aprovados”, avisa.

“Uma amiga me ligou por volta das 12 horas. Eu achei que a lista sairia às 14h, então fiquei sabendo por ela. Aí eu já comecei a comemorar”, conta Rodrigo Akira Fré, de 19 anos, sobre o fato de ter passado no curso de Engenharia Química, “um dos melhores do país”, de acordo com o estudante. Rodrigo é morador de Valinhos e técnico mecânico pelo Colégio Técnico de Campinas (Cotuca).

Da raquete ao estetoscópio
Thomas Garboggini Moretti, 21 anos, abandonou uma carreira promissora no badminton, esporte com o qual chegou a representar a seleção brasileira de juniores da modalidade. Campeão panamericano júnior, ele deixou o esporte profissional para se dedicar aos estudos e ao sonho de ser médico, após duas graduações incompletas. A abdicação e o esforço valeram a pena. “Agora eu levo o badminton mais por hobby, mesmo porque eu tive que parar os treinamentos devido aos estudos. Medicina é um curso muito puxado, então vai ser difícil me dedicar ao badminton profissionalmente. Vou tentar disputar alguns campeonatos, mas sei que será duro”, prevê o jovem, que passou em Medicina na Unicamp, um dos cursos mais concorridos do país.

“Eu fiquei sabendo às 11h30. Na verdade, quem ficou sabendo foi meu pai porque eu estava dormindo nessa hora (risos). Daí ele ficou me ligando várias vezes e eu não atendia (risos). Quando ele me falou, eu dei um pulo na cama. Ainda estou meio sem acreditar, meio passado… A gente sempre espera, mas Medicina é aquela coisa, nunca dá pra garantir nada”, reconhece.

Thomas é filho do professor da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) de Limeira, Antônio Carlos Moretti, e da funcionária e pesquisadora Flávia Brito Garboggini. Por enquanto, ele ainda não pensou na nova rotina junto à Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. “Eu não tenho a menor noção sobre o começo das aulas. Ainda nem parei para pensar nisso. Agora, só estou comemorando. Vamos preparar um churrasco, vou raspar o cabelo e pintar o rosto”, revela.

“Eu fiz seis meses de Matemática e Física na Unicamp e acabei não me adaptando. Daí eu fui fazer Direito na USP. Cursei dois anos, mas não era isso que eu queria. E agora eu vou fazer Medicina, que foi meu sonho quando eu era mais novo. Não tinha prestado antes porque achava difícil de passar no Vestibular”, completa.

Comentários

é muito bom saber que o Thomás conseguiu!