Campus ganha um clima festivo
com o Dia Internacional da Mulher
08/03/2013 - 15:52
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A área onde ficam os prédios da Reitoria ganhou ar festivo na comemoração do Dia Internacional da Mulher, com direito a chorinhos e marchas ao vivo na praça, espetáculo teatral, palestra, brunch e feira de produtos de beleza. Na cerimônia de abertura do evento organizado pelo Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS), o reitor Fernando Costa fez um discurso dirigido especialmente às mulheres que lotaram o auditório da Diretoria Geral da Administração (DGA). “Quero me dirigir a professoras, funcionárias e alunas que contribuem diariamente para que a Unicamp seja conhecida e respeitada como uma das melhores universidades da América Latina e do mundo”. Mais fotos
O reitor lembrou que as mulheres acumulam várias conquistas desde a oficialização do seu Dia Internacional pela ONU (em 1975), dando os exemplos de Dilma Rousseff e Angela Merkel à frente de duas das maiores economias do planeta. Mas com a ressalva de que o preconceito e a discriminação contra elas no mercado de trabalho persistem até mesmo nas nações mais desenvolvidas. “Entre os membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada majoritariamente por países europeus, a proporção de mulheres com nível superior é maior que de homens: 32% contra 29%. Apesar disso, a renda das mulheres equivale a 72% do que recebem os homens.”
Segundo Fernando Costa, a situação é ainda mais alarmante no Brasil, onde as mulheres com diploma universitário também são mais numerosas (12% contra 10%), mas têm apenas 61% da renda dos homens. “Outro dado importante que evidencia as dificuldades encontradas pelas brasileiras para conciliar a atividade profissional e os papéis de mãe e de dona de casa, é o fato de que demoram muito mais para atingir seu potencial máximo de renda: enquanto os homens alcançam isso quando têm entre 25 e 34 anos de idade, as mulheres só o conseguem entre 55 e 64 anos. Esse quadro precisa mudar com urgência. Na Unicamp, as mulheres ainda são menos numerosas entre os docentes da carreira MS, mas representam mais de 60% do quadro geral de funcionários”.
Edison Lins, coordenador GGBS, disse que para as comemorações desse ano foram convidadas pessoas de fora, mas que mantêm estreita relação com os funcionários da Universidade, como Maria Angélica Barreto Pyles, fundadora e hoje presidente de honra do Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro de Campinas. Ela, que foi escolhida para fazer uma homenagem ao reitor Fernando Costa, afirmou que seu amor pela Unicamp vem de longa data. “Desde a época do meu primeiro entrosamento com Zeferino Vaz, que sempre foi muito sensível para os problemas sociais. Ele abarcou a ideia já no nosso primeiro encontro e, vinte dias depois, os nossos patrulheiros estavam na Universidade.”
As atrações
Finda a cerimônia de abertura, o palco foi tomado pela Companhia de Teatro Parafernália, de Mogi Guaçu, que ofereceu o espetáculo “Mulher, ai ai mulher”. “Vamos fazer uma brincadeira sobre o papel da mulher desde a pré-história até os dias atuais. No fundo, a mulher sempre mandou no homem, e mostramos isso de forma muito bem humorada, como por exemplo, com as facetas da mulher moderna, que trabalha, cuida do filho e do marido e vai ser presidente do Brasil. Mulher é multiuso, consegue ser sensível e racional ao mesmo tempo”, observou a atriz Viviane Casteliani.
Mais para perto do horário de almoço, as mulheres da comunidade é que tomaram a praça ao lado do Prédio VI da Reitoria, onde se exibia o grupo Choro de Saia, de Piracicaba, enquanto empresas parceiras do GGBS expunham produtos como cosméticos, perfumes e semijoias, além de oferecer serviços de beleza. O Centro de Integração da Cidadania (CIC) também veio mostrar a atuação de algumas coordenadorias da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado em relação à violência (incluindo a sexual e doméstica), drogas, homofobia e preconceito racial.