Fórum Permanente debate
questões da biotecnologia

14/03/2013 - 11:30

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Derlene Attili de Angelis

Derlene Attili de Angelis

Mesa de autoridades

Mesa de autoridades

Diversas questões relacionadas à biotecnologia e à bioeconomia foram discutidas nesta quinta-feira (14) no Fórum Permanente de Ciência e Tecnologia, realizado no Centro de Convenções da Unicamp. O objetivo do evento, idealizado pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU) e organizado pelo Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA), foi promover reflexões que contribuam para o avanço das duas áreas no Brasil.

De acordo com a professora Derlene Attili de Angelis, curadora da Coleção Brasileira de Micro-organismos de Ambiente e Indústria (CBMAI), que fica abrigada no CPQBA, um dos importantes temas abordados no fórum foi a constituição de novos centros de recursos biológicos no país. Estes, explicou, têm a função e resguardar a biodiversidade nacional. “Os centros contribuem para alavancar a biotecnologia e a bioeconomia. Vários dos processos e patentes que o país desenvolve dependem muito de como os recursos naturais são preservados e das informações a eles associadas. Eles são, nesse sentido, bases de dados que servem para direcionar as pesquisas desenvolvidas tanto na universidade quanto na indústria”, explicou.

Outro ponto discutido no evento foi a legislação que orienta a bioprospecção no Brasil. A atividade pode ser explicada como a utilização dos recursos (bioquímicos e biogenéticos) da fauna e da flora para o desenvolvimento de produtos com alto valor agregado, como fármacos, cosméticos, alimentos etc. De modo geral, tanto a academia quanto a indústria consideram que as normas vigentes impõem muitas dificuldades à realização de pesquisas. “Na verdade, o que acontece é que ainda não se sabe quais são os melhores caminhos a percorrer para que esse processo ocorra de forma tranquila e eficiente. Penso que as discussões travadas no fórum podem contribuir para oferecer novos elementos aos legisladores e gestores públicos, com vistas ao aperfeiçoamento da legislação”, considerou Derlene.

Além dela, compuseram a mesa de autoridades que abriu o evento o pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, João Frederico da Costa Azevedo Meyer; a assessora da CGU, Carmen Zink Bolonhini; e o diretor do CPQBA, Ivo Milton Raimundo Júnior.