Como o artista pode se apropriar do espaço universitário para fazer o seu melhor? A indagação dominou os debates do Fórum Permanente realizado nesta quinta-feira (16) no Centro de Convenções da Unicamp. Pesquisadores, especialistas e gestores públicos refletiram as diversas vertentes da política de arte e cultura para os campi universitários. O Instituto de Artes (IA) e o Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) organizaram o evento, que é sistematizado pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU). 

“Este Fórum representa a importância do trabalho do IA, direta e indiretamente, na construção da arte e da cultura no campus da Unicamp. Houve, nos últimos anos, crescimento considerável das manifestações culturais e artísticas na Universidade”, considerou a docente do IA e artista visual, Sylvia Helena Furegatti.  Ela é uma das organizadoras do Fórum, tendo atuado recentemente como assessora cultural do SAE.

“Acreditamos que agora é um momento de parada para refletirmos esta temática junto com especialistas de produção e fomento à cultura. O caminho está correto? O que mais poderia ser feito? E como o artista pode se apropriar do espaço universitário fazendo o seu melhor?”, suscita a docente, que frequentemente realiza intervenções urbanas, projetos de exposição envolvendo instalações, objetos e livros de artistas. 

O coordenador do SAE, Leandro Medrano, destacou a importância da arte e cultura “para o desenvolvimento da inovação, criatividade e da sabedoria transdisciplinar” no meio universitário. Medrano, arquiteto e docente da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), citou o mérito dos programas Ação Cultural, Aluno-Artista e Estante Literária, que incentivam a cultura e arte na Unicamp. 

A mesa de abertura do Fórum Permanente contou ainda com as participações do pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, João Frederico da Costa Azevedo Meyer, e do diretor do IA, Esdras Rodrigues da Silva. A primeira conferência foi ministrada pelo diretor de cultura de Campinas, Gabriel Rapassi. Também participaram do evento, docentes e pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).