Universidades internacionais mostram
oportunidades no Ciência sem Fronteiras
05/06/2013 - 16:00
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Qual seu destino? Alemanha, Austrália, Holanda ou França? O Ciência sem Fronteiras pode realizar o sonho do estudante de graduação de desenvolver pesquisa em outros países. Para isso, é preciso ficar atento à agenda, não perder as inscrições, ser selecionado e, enquanto isso não acontece, é importante ouvir o que as universidades e organizações estrangerias têm a oferecer. Foi esta a decisão do estudante do terceiro ano de engenharia química Felipe Ambrósio do Nascimento. Na manhã desta quarta-feira (5), ele circulou pelo evento Joint Road Show/Ciência sem Fronteiras, no rol do Instituto de Matemática, Esatística e Computação Científica (Imecc) da Unicamp, para conhecer as propostas de cada universidade. “Cada instituição tem suas peculiaridades, então quero saber o que cada uma tem a oferecer, pois pretendo participar da seleção para a próxima edição, que se realiza em agosto deste ano”, declara o aluno. O evento é promovido pela Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais.
Priscila Trevisan, representante de universidades australianas, teve sua primeira oportunidade de intercâmbio em 1999, quando realizou mestrado em turismo na Austrália. Quando voltou, ingressou em uma empresa australiana no Brasil e nesta terça-feira, como representante do Group of Eight, núcleo do departamento de educação australiano, falou sobre sua experiência e sobre as oportunidades para estudantes da Unicamp realizarem pesquisa na Austrália por meio do Ciência sem Fronteiras. O Group of Eight reúne as oito principais universidades da Austrália.
De acordo com a assessora de marketing da Daad, Silvia Bauer, a ideia foi orientar melhor os graduandos antes de eles se inscreverem no CSF. A iniciativa da Daad agradou ao vice-reitor de relações internacionais Luís Augusto Cortez. “É importante saber que tudo o que envolve um intercâmbio para que a experiência seja completa”, afirma. O vice-reitor informou que a Vice-Reitoria aproveitará o evento para discutir as possibilidades de receber alunos estrangeiros na Unicamp. Para ele, é importante reunir representantes de várias universidades para que alunos tenham o maior suporte possível.
Além das bolsas oferecidas para o CSF, a Nuffic/Neso apresentou o programa “Estudar na Holanda” para quaisquer pesquisadores que pretendem estudar na Holanda. A representante Ana Maria Siqueira e Sousa, além de contemplar as áreas do CSF, a Nuffic/Neso atende também aquelas não-contempladas no programa. Além disso, alguns dos programas apresentados por Ana atendem, inclusive, pesquisadores sem vínculo acadêmico.
Preocupado com a falta de seleção de estudantes brasileiros para universidades alemãs, o governo brasileiro decidiu investir no aperfeiçoamento da língua para candidatos que tenham proficiência básica em alemão. De acordo com o gerente de projetos da Advantage Austria, Alisson Souto de Oliveira, o aluno selecionado para projetos da Áustria, passa seis meses realizando curso intensivo de língua alemã antes de iniciar sua pesquisa. O país aderiu do CSF em abril de 2013.
Para facilitar a decisão tanto de pesquisadores solteiros quanto casados, a Euraxess oferece auxílio completo ao pesquisador intercambiado, desde seguro saúde até creche para filhos dos bolsistas. De acordo com Charlotte Grawitz, o foco da Euraxess está em mestrandos e doutorandos, mas em 2013, o programa europeu aderiu ao CSF para receber alunos de graduação brasileiros. Na palestra, ofereceu informações sobre oportunidades na União Europeia, como trabalho e financiamento de pesquisas. De acordo com Charlote, o pesquisador conta com 250 centros de serviço distribuídos por 40 países da Europa. Mais informações podem ser obtidas na página do Brasil na Euraxess.