Unicamp buscará maior
projeção internacional
14/06/2013 - 10:55
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A Unicamp ampliou de forma importante o seu grau de internacionalização ao longo dos últimos anos, mas este ainda está aquém da importância da instituição. A avaliação é do titular da recém-criada Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (VRERI), professor Luís Cortez. De acordo com ele, o órgão está trabalhando tanto para ampliar os programas de mobilidade existentes quanto para criar novos intercâmbios voltados a estudantes (graduação e pós), pesquisadores e docentes. “Além disso, nós pretendemos oferecer oportunidades para que nossos servidores também possam ter experiências internacionais”, adianta.
Na avaliação do vice-reitor, as administrações anteriores trabalharam para aumentar a presença da Unicamp no cenário internacional. O advento do programa Ciência sem Fronteiras (CsF), iniciativa do governo federal que concede bolsas para estudo e estágio no exterior, contribuiu para que novos grupos de estudantes tivessem a chance de cumprir parte de sua formação em destacadas instituições estrangeiras. “Ocorre que a Universidade, por seu porte, pode ir além dos índices alcançados. É neste sentido que vamos trabalhar”, afirma Cortez.
Um dos objetivos da atual administração, conforme o vice-reitor, é atrair mais estudantes estrangeiros para a Unicamp. “Este grupo ainda é pequeno e formado, em grande parte, por jovens oriundos de países da América Latina. Nossa disposição é a de aumentar a presença desses intercambistas em nossas faculdades e institutos, principalmente os originários da Europa e Estados Unidos”, diz. Nesse sentido, uma das providências que serão tomadas é a oferta de apoio para a intensificação do ensino de português para estrangeiros e de outros idiomas para brasileiros, por meio do Centro de Ensino de Línguas (CEL) e Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). “Nosso objetivo é atender a toda a demanda existente”, pontua Cortez.
A Universidade também está fortemente empenhada, prossegue o vice-reitor, em estreitar as relações tanto com instituições com destacada colocação nos rankings internacionais quanto com aquelas não tão bem situadas. “A Unicamp precisa ampliar o diálogo com as melhores universidades do mundo, reafirmar a sua vocação de liderança na América Latina e ter maior projeção na África”, resume o Cortez.
Outro aspecto que tem sido discutido no âmbito da VRERI é geração de oportunidades de intercâmbio para estudantes de humanidades, área que não é contemplada pelo CsF. “Nós já havíamos identificado esta necessidade, que foi reforçada através da manifestação das unidades de ensino e pesquisa. Queremos estabelecer um programa que faça a compensação e estenda a chance de mobilidade internacional também para os alunos de cursos que ficaram de fora do alcance do CsF”.
O vice-reitor explica que as projeções de aumento do número de intercâmbios ainda não foram estabelecidas porque alguns dados estão sendo levantados e analisados pela VRERI. Ainda segundo Cortez, além do uso de recursos orçamentários, a Unicamp vai continuar buscando o apoio de parceiros para implementar os novos programas. E por falar em novidades, o docente antecipa a disposição da VRERI de criar um projeto piloto de mobilidade internacional dirigido exclusivamente aos servidores.
Na opinião de Cortez, assim como estudantes, professores e pesquisadores, os funcionários também precisam ter uma vivência internacional, como parte da sua qualificação. “Penso que isso é fundamental. Imagino o quão útil pode ser para o funcionário de uma de nossas bibliotecas ou da Assessoria de Comunicação, para ficar em somente dois exemplos, passar um período numa instituição estrangeira conhecendo e aprendendo novos métodos e práticas. A Unicamp tem que se internacionalizar, mas este processo tem que ocorrer em todos os níveis”, entende o vice-reitor.