Glaucius Oliva destaca
novos critérios do CNPq
09/08/2013 - 17:07
- Text:Da Redação
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A Unicamp recebeu nesta sexta-feira (9) a visita do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva. Em conversa com diretores e diretores associados de diversos órgãos da Universidade, na sala do Conselho Universitário (Consu), ele apresentou algumas reformas no Currículo Lattes que podem aprimorar a seleção de projetos de pesquisa científica e tecnológica.
Entre os critérios elencados por ele durante a reunião para avaliar o mérito científico dos projetos estão: relevância, originalidade e repercussão da produção científica do proponente, formação de recursos humanos de pesquisa, contribuição científica e tecnológica e de inovação em patentes, coordenação de projetos, foco nos grandes problemas nacionais, abordagens múltiplas disciplinares, impacto social, comunicação com a sociedade, criação de parque produtivo, conservação ambiental e sustentabilidade.
Oliva detalhou as novas abas do Lattes, que podem facilitar o acesso dos comitês aos dados de produtividade dos proponentes. A ideia é filtrar as informações e até mesmo confirmar a participação do proponente e pesquisadores citados como parceiros em determinado projeto. “O Lattes agora tem ferramenta que resgata as citações diretamente do trabalho. É possível ordenar a produção pelo número de citações também para avaliarmos a qualidade de trabalho”, exemplificou. No modo de “patentes”, por exemplo, o pesquisador tem de indicar qual o banco em que depositou e colocar número de registro para que o comitê possa resgatar as informações na sumária da patente e saber se ela foi concedida ou depositada.
Ele explicou que, no formato antigo, o currículo sugeria o preenchimento de apenas uma aba, como o título “produção científica técnica e artística”. Agora as novas ferramentas exigem o preenchimento de abas exclusivas, sendo uma delas intitulada “produções científica e artística”, a segunda, “patentes e registros”, a terceira, “inovação” e a quarta, “divulgação de ciência e tecnologia”.
A diversificação das abas permite a inclusão de projetos específicos, inclusive de inovação social. Na aba “patentes”, podem ser inseridos patentes, projetos de desenvolvimento tecnológico, programas de computador, cultivares, marcas, desenho industrial, fotografia de circuito, entre outros.
Na pasta de inovação, o pesquisador irá incluir, além de patentes e projetos tecnológicos, projetos de desenvolvimento e políticas públicas. “Temos parado, há muito tempo, no CNPq, de falar em inovação somente como desenvolvimento tecnológico. Inovação é qualquer forma de incorporação do conhecimento, inclusive não-novo, em produtos, processos, serviços e políticas públicas. Há muita coisa de inovação social que podemos fazer e estamos fazendo. Mudar uma prática do SUS em virtude de um projeto de pesquisa que você está fazendo é um exemplo de inovação excelente”, acrescentou Oliva.
Unicamp
Unicamp é a quarta instituição que mais capta recursos do CNPq anualmente, segundo Oliva. Em 2012, foi destinado um recurso referente a R$ 60 milhões aproximadamente. As bolsas são dominantes em relação aos auxílios. No Programa Ciência Sem Fronteira, das 30 mil bolsas implementadas, em 2012, 1.062 foram destinadas a alunos da Unicamp. Na graduação sanduíche, foram contemplados 756 estudantes; na pós-graduação, 62, e 13 no doutorado pleno no Exterior.