Exposição comemora os dez
anos do Programa Viva Mais

13/08/2013 - 12:13

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Roberto Teixeira Mendes, diretor do Cecom

Roberto Teixeira Mendes, diretor do Cecom

Renata Azevedo, coordenadora do Viva Mais

Renata Azevedo, coordenadora do Viva Mais

Exposição dos dez anos é inaugurada na CDC

Exposição dos dez anos é inaugurada na CDC

Exposição dos dez anos é inaugurada

Exposição dos dez anos é inaugurada

Publico presente ao evento

Publico presente ao evento

Margareth Bazzo: necessidade de buscar ajuda profissional

Margareth Bazzo: necessidade de buscar ajuda profissional

Camiseta utilizada em uma das campanhas

Camiseta utilizada em uma das campanhas

Uma exposição que relembra os dez anos do Programa de Prevenção ao Uso de Substâncias Psicoativas Lícitas e Ilícitas, o Viva Mais, ligado ao Centro de Saúde da Comunidade (Cecom), foi inaugurada nesta terça-feira (13) nas dependências da Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC) da Unicamp. A mostra poderá ser visitada até o dia 29 deste mês, das 9 às 16 horas.

São camisetas das várias edições do programa, material informativo e um vídeo abordando a iniciativa. A exposição é organizada pelo Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) em conjunto com o Programa Viva Mais, tendo sido montada pelo professor da Faculdade de Educação (FE) Carlos Miranda e seus alunos. Teve o patrocínio do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS).

Ao comentar a exposição, o diretor do Cecom, professor Roberto Teixeira Mendes, destacou a criatividade dos componentes do programa. Quem vier apreciar a exposição, disse, notará que a Universidade tem talentos capazes de transformar ações do dia a dia em algo relevante, em ampliá-las e em divulgá-las.

O evento, afirmou ele, representa o potencial de persistir com um trabalho que lida com problemas difíceis de serem cuidados, como o uso de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas. "O Viva Mais se preocupa com o bem-estar das pessoas. Aqui contribuímos para ajudá-las a reduzir o uso dessas substâncias ou mesmo abandoná-las.” Teixeira Mendes afirmou ainda que o sucesso do programa de redução de uso de tabaco, por exemplo, é algo em torno de 5% a 10%. “Embora seja pouco, ele existe e é o que temos a fazer, assim como em relação ao alcoolismo e às drogas em geral”, encoraja.

Em sua opinião, não é porque o efeito é pouco expressivo em termos percentuais que deve ser deixado de lado. "Vejo que as pessoas cuidam desse programa com persistência, consistência e estabilidade, mesmo sabendo que outras estariam desanimadas, logo de começo, por saber desse impacto do ponto de vista percentual", salienta. “São dez anos mantendo o padrão, a intensidade e o ritmo. Isso tem que ser comemorado." 

A médica Renata Azevedo, coordenadora do Viva Mais, pontuou na abertura da exposição que o programa é longevo. De acordo com ela, muitas iniciativas que envolvem esse tema em outras universidades começaram e não tiveram continuidade. "Como é uma atividade que as pessoas fazem voluntariamente dentro da sua carga horária, é preciso contar com uma equipe coesa. Temos tido esse privilégio. Muitos começaram com o projeto. Uns saíram, houve aposentadorias, mas renovamos o grupo para que se mantivesse”, expôs.

Atualmente cerca de 20 pessoas dão suporte ao programa, que conta com um núcleo de 12 voluntários envolvidos diretamente nas atividades. Mas cada vez que são programados eventos e campanhas o grupo é ampliado. Conforme a coordenadora do Viva Mais, a função do programa é preventiva. O tratamento normalmente é realizado pelo Cecom e pelo Hospital de Clínicas (HC), além dos programas dedicados aos alunos, como o Serviço de Assistência Psicológica e Psiquiátrica ao Estudante (Sappe) e o Grupo de Apoio Psicológico aos Alunos de Medicina (Grapeme).

Renata Azevedo acredita que é preciso que as pessoas sejam bem-informadas para que consigam fazer escolhas baseadas nos riscos reais, refletindo se vale a pena ou não usar drogas. "Nosso desafio é sempre atingir mais fortemente a população interna em termos de conscientização sobre os riscos do consumo", realçou.

Segundo Margareth Bazzo, funcionária do programa e incentivadora, muito se investiu no Viva Mais, sobretudo na área de treinamento, desde o seu início em 13 de agosto de 2003. Aposentada desde 2006, Margareth está até hoje no programa, agora como voluntária. “Vejo que é preciso reforçar os prejuízos do consumo das drogas e vejo que, quanto mais fizermos, mais colaboraremos com as pessoas por meio de informações e conscientização acerca da necessidade de buscar ajuda profissional", concluiu.