Fórum promove discussão sobre
tecnologias sociais e economia verde

14/08/2013 - 14:25

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Luciana Togeiro

Luciana Togeiro

João Frederico Meyer e José Marcos

João Frederico Meyer e José Marcos

“Nós ainda não resolvemos nossos problemas do passado, nossos problemas estruturais, mas precisamos enfrentar os chamados desafios do futuro.” A frase de uma integrante da Sociedade Internacional de Economia Ecológica foi deixada para reflexão pela professora da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp) Luciana Togeiro de Almeida ao final da conferência “Os desafios da Economia Verde” no Fórum Permanente de Extensão Universitária nesta terça-feira (14). O evento, organizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac) e Coordenadoria Geral da Universidade, teve como tema "Tecnologia Social e os conceitos de Economia Verde: propondo convívios possíveis e desejáveis".


Luciana de Almeida ressaltou que, mesmo depois da oportunidade de avanços na Rio +20, o tema continua sendo tratado com menor importância no Brasil. A postura do governo brasileiro na conferência, em sua opinião, deixou clara a ideia de que o país teria outras prioridades em relação ao desenvolvimento sustentável. “Se for recapitular o discurso da presidenta Dilma durante o evento, a expressão mais recorrente é a ‘erradição da pobreza’. Em nenhum momento se falou sobre investimento em tecnologias ambientais”, criticou. "No meu entender, isso é continuar preso a um velho paradigma de desenvolvimento. É acreditar que o desenvolvimento é realizado por etapas. Atinge uma meta, depois vai para outra, E o meio ambiente fica por último", completou.

A docente da Unesp enfatizou que não há mais tempo para pensar num projeto “etapista” de desenvolvimento, pois é possível trabalhar todas as vertentes de desenvolvimento sustentável para se ter um resultado satisfatório. Ela também discutiu o conceito de “iniciativa Economia Verde”, apresentado pelo Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente (Pnuma), em 2011. O conceito é definido como economia de baixo carbono, eficiente no uso de recursos naturais e socialmente inclusiva. “Num momento em que o conceito de desenvolvimento sustentável já estava quase consolidado, o Pnuma aparece com este novo conceito. O órgão começou a ventilar a ideia da economia verde e desde então ficava claro que o foco da iniciativa Economia Verde era incentivar a adoção de tecnologias ambientais e o comércio de tecnologias ambientais.”