Apoio das
famílias
incentiva jovens
na escolha
da carreira
31/08/2013 - 12:10
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Joinville (SC), 611km, Cerquilho (SP), 125 km e Santa Cruz das Palmeiras (SP), 179 km. Estas foram algumas das distâncias percorridas pelas famílias que fizeram questão de trazer seus filhos, sobrinhos e netos para a UPA 2013. As fisionomias alegres mostravam que as distâncias haviam sido curtas, se comparadas ao orgulho de apresentar a Unicamp às novas gerações. A certeza de mostrar, a quem tanto amam, um lugar que pode contribuir com seu futuro foi o que mais saltou nas falas dos avós, pais e tios que estiveram nesse sábado (31) no evento da UPA.
O casal de professores aposentados Yaro Burian Junior e Ana Cristina Cavalcante Burian, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC), guiavam pelo campus os netos Marcela e Eduardo, que vieram de Joinville só para visitar a UPA. Sua programação incluía as engenharias de modo geral, a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e o Instituto de Artes (IA), onde o professor Burian, que além de engenheiro é violinista, foi diretor, nos primórdios do Instituto.
Marcela, que cursa o 3º colegial e já se prepara para o vestibular, quer ir direto para a Faculdade Engenharia Química (FEQ), onde pretende estar já no próximo ano. Seu irmão Eduardo, ainda no 7º ano do ensino médio, não tem muita certeza do que quer cursar, mas pensa em seguir a carreira dos pais, da área de Medicina. Além dos avós, os tios também têm história na Unicamp, o que aguça mais a vontade dos dois em virem para cá.
Também Claudia Palagi, mãe e professora da Escola Estadual Presidente Arthur da Silva Bernardes, de Cerquilho (SP), trouxe as duas filhas para a Unicamp, além dos estudantes da escola. Em seu opinião, a UPA é especialmente importante para os estudantes provenientes do ensino público. “Conhecer a Unicamp ajuda a mudar o pensamento que existe entre esses estudantes de que não têm capacidade de ingressar na Universidade porque são de escola pública. Eles estão inseguros e nem tentam prestar o Vestibular”, conta a professora.
Ir aos institutos e faculdades, ouvir as palestras, andar pelo campus, tudo isso contribui, segundo ela, para mostrar que eles também podem estudar aqui. Destaca ainda os programas de inclusão, como o Paais (Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social), por exemplo, como fatores para modificar essa mentalidade autoexcludente dos estudantes de escolas públicas.
Outra professora, Marilda Gonçalves, do Colégio Maria Ivone, de Sumaré, conta animada que sua sobrinha já está inscrita para o Vestibular da Unicamp. Em sua segunda participação na UPA, ela aborda a relevância do evento para os estudantes conhecerem a Universidade, os institutos e saberem mais sobre os cursos que pretendem fazer.
A sobrinha Bianca, que está concluindo o ensino técnico em Meio Ambiente na Escola Técnica Estadual Conselheiro Antônio Prado (ETECAP), em Campinas, pretende cursar Biologia na Unicamp, mas também apontou como segunda opção o curso de História. “Eu gosto muito das duas coisas”, hesita. Ela está, portanto, estimulada em conhecer o Instituto de Biologia (IB) e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), e acredita que a visita pode esclarecer um pouco suas dúvidas sobre qual das duas carreiras seguir.
Alguns estudantes, por outro lado, vêm com foco determinado, como é o caso da filha do casal Umberto José e Cristina Marconi. Eles saíram às 5 horas da manhã de Santa Cruz das Palmeiras, pois queriam estar às 7 horas na Unicamp. Conforme os pais, ela foi a segunda da fila do primeiro ônibus que saiu do estacionamento da Biblioteca Central para a Faculdade de Ciências Médicas (FCM). “Nós queremos que ela tome a decisão correta”, diz Umberto, “por isso a trouxemos para conhecer a Universidade.” A mãe conta que, ainda no 1º colegial, ela já estuda muito e está inscrita como “treineira” no Vestibular da Unicamp deste ano. O curso? Medicina.