Surdos pedem intérpretes de
Libras nas universidades

12/09/2013 - 13:44

/
A professora Regina Maria de Souza

A professora Regina Maria de Souza

Público presente ao evento

Público presente ao evento

A pró-reitora de Pesquisa, Gláucia Pastore

A pró-reitora de Pesquisa, Gláucia Pastore

Guilherme Oliveira, um dos palestrantes

Guilherme Oliveira, um dos palestrantes

Daniele Rocha, outra palestrante

Daniele Rocha, outra palestrante

A Faculdade de Educação (FE) da Unicamp, por meio do seu Grupo Surdo de Estudo (GSE), promoveu nesta quinta-feira (12) a segunda edição do evento “Setembro Azul – Libras, Identidade, Cultura e Educação Bilíngue”. O evento, realizado na Sala Multiuso do Espaço Cultural Casa do Lago, contou com a participação de somente palestrantes surdos. “Esta é uma forma de também garantirmos o direito de voz a esse segmento da sociedade”, destacou a professora Regina Maria de Souza, uma das organizadoras do encontro. A pró-reitora de Pesquisa da Universidade, Gláucia Pastore, participou da abertura representando o reitor José Tadeu Jorge.

Entre os temas debatidos no período da manhã, um deles ganhou destaque. Os participantes chamaram a atenção para a necessidade de as universidades brasileiras, as públicas em especial, ampliarem seus programas de acessibilidade, de modo a garantir aos surdos e demais pessoas com deficiência o direito à educação superior. Um dos problemas a serem equacionados, conforme Guilherme Oliveira, professor de Língua Brasileira de Sinais (Libras) convidado da Unicamp, é a contratação de intérpretes de Libras, bem como de professores surdos.

“Sem a colaboração dos intérpretes e sem a presença de professores surdos, nós não temos condições de participar de todas as atividades da universidade da mesma forma como fazem os ouvintes”, afirmou Oliveira. Daniele Rocha, professora de Libras na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, reforçou a questão, lembrando que a trajetória do surdo no ensino superior torna-se muito difícil sem a presença dos intérpretes, visto que a Libras é a primeira língua dos surdos e o português, a segunda. “Quando temos que requisitar um intérprete, a burocracia é muito grande. Daí a necessidade da inclusão da Libras em todas as disciplinas”, considerou.

Comentários

Maravilha...Profissionais competentes e engajado numa educação de Surdos...que só sera efetivada a partir dessa busca constante entre o que querem e precisam os surdos e educadores que buscam ouvi-los...Isso eu diria que e uma comunicação real... Parabéns a todos que fizeram tornar possível esse evento...

Email: 
regina.mouraes@hotmail.com

Parabéns aos profissionais que realmente estão juntos aos surdos nesta luta constante... Aos surdos o meu orgulho e minha admiração... Nunca desistam... Só assim vão conquistando seus espaços que lhes é de direito!!! Parabéns!!!